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Gaeco cumpre mandados contra falsificação de documentos públicos; policial militar é preso

Por Jade Araujo e Adriana Magalhães

Fotos: Divulgação / Gaeco-MA

Atualizada às 10h55

O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) deflagrou na manhã desta quarta-feira (14) a Operação Paralelo II, para cumprimento de mandados contra investigados pela prática de crimes de falsificação de documentos públicos e privados. Ao todo, 10 pessoas foram presas nas cidades de Timon, no Maranhão, e Teresina, no Piauí. 

Entre os presos está um cabo da Policial Militar do Maranhão, lotado no 11º Batalhão, na cidade de Timon, suspeito de encomendar documentos falsos para veículos. Em sua residência foram apreendidas 4 armas e um veículo que agora passam por verificação. Além dele, a polícia prendeu um ex-funcionário de um cartório de Timon e um servidor da Prefeitura de Timon. 

A operação, que é um desdobramento da primeira fase realizada em dezembro de 2023, apura um esquema de falsificação de RGs, CPFs, CNHs, certidões cartorárias, certidões de cursos superiores, boletos de impostos, atestados médicos, fraude do Exame de Ordem da OAB e diversos outros documentos que eram utilizados para a prática de outros crimes.

Foto: Renato Andrade / Cidadeverde.com

Promotor Francisco Meneses

A primeira fase resultou na prisão e condenação de Erlino Mendes de Oliveira. Ele foi julgado por diversos crimes, entre eles: falsidade material, falsidade ideológica e extravio de documentos, sendo condenado a 18 anos de prisão. Na segunda fase, realizada nesta quarta-feira (14), o filho de Erlino foi preso pelos mesmos crimes imputados ao pai.

"A investigação apontou que Erlino e o filho eram demandados por pessoas de diversos estados. Eles falsificavam os mais variados tipos de documentos e apresentavam garantias aos 'clientes'", disse o promotor Francisco Meneses, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Maranhão (MP-MA).

Grupo cobrou R$ 60 mil por falsificação

Ao Cidadeverde.com o promotor Francisco Meneses afirmou que em uma das falsificações o grupo chegou a cobrar o valor de R$ 60 mil pelo "serviço". O nível de qualidade das falsificações realizadas pelo grupo chamou a atenção do MP-MA.

Os investigados falsificavam documentos com QR code e garantiam que as informações contidas no dispositivo eram verdadeiras.

"Eles falsificavam desde carteira de identidade, documentos de veículos, certificados de cursos de graduação, e encontramos nos celulares apreendidos até uma negociação para a realização da prova da segunda fase da OAB. Essa negociação, não temos certeza se chegou a ser concretizada", disse o promotor.

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