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A Polícia Federal (PF) vai abrir um inquérito para investigar possíveis ações criminosas nas queimadas no Brasil, segundo anunciou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, neste domingo (25).

De acordo com Marina, será montada uma força-tarefa com instituições e órgãos públicos para combater os incêndios e a fumaça que se espalham pelo país. A ministra disse que o governo trabalha com a suspeita de uma ação criminosa similar ao "dia do fogo", numa referência ao 10 de agosto de 2019, quando uma ação orquestrada de criminosos ateou fogo em mais de 470 propriedades rurais. “Há uma forte suspeita de que está acontecendo de novo”, afirmou.

“Nesse momento é uma verdadeira guerra contra o fogo e a criminalidade”, disse a ministra. “Tem uma situação atípica. Você começa a ter em uma semana, praticamente em dois dias, vários municípios queimando ao mesmo tempo. Isso não faz parte de nossa experiência de combate ao fogo.”

“Cada um tem uma função específica nesse processo para apagar o fogo”, afirmou a ministra, durante visita ao Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Brasília (DF). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também esteve presente no anúncio.

Lula assegurou recursos e ações do governo federal para debelar as chamas, que disse serem difíceis de apagar. "A gente acaba de apagar o fogo você vira as costas e ele acende outra vez."

Além da PF e do Corpo de Bombeiros, órgãos como a Casa Civil e os ministérios da Defesa e da Justiça e Segurança Pública também vão concentrar esforços no combate às queimadas.

Queimadas

O estado de São Paulo tem 46 cidades em situação de emergência por causa das queimadas. Além do interior paulista, a fumaça tomou conta do céu de Brasília (DF), Goiânia (GO) e Belo Horizonte (MG) neste domingo. As capitais do Distrito Federal, de Goiás e de Minas Gerais estão há mais de 100 dias sem chuvas.