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Gripe suína será mais forte na América do Sul em 2010, diz especialista argentino

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A segunda onda da gripe suína, denominada oficialmente gripe A (H1N1), chegará ainda mais forte à América do Sul no próximo inverno, em 2010, alerta o especialista argentino Daniel Stamboulian. Ele prevê que, nos Estados Unidos e na Europa, a doença será mais forte ainda este ano, entre outubro e novembro.

"Em geral, a segunda onda da gripe será similar à epidemia mundial da gripe espanhola, em 1918 e 1919", explicou Stamboulian em entrevista ao jornal "El País".

O especialista, que na próxima quarta-feira fará uma dissertação sobre a pandemia em um simpósio em Montevidéu, recordou que "esta variante da gripe com um vírus semelhante, antecessor ao da influenza, matou entre 50 e 70 milhões de pessoas em todo o mundo em duas epidemias anuais".

A gripe espanhola, conhecida por este nome pelo grande número de vítimas que fez na Espanha, se disseminou em duas fases. A primeira nos Estados Unidos e na Europa e a segunda por todo o mundo --do Sudeste Asiático às Américas Central e do Sul.

Segundo o argentino, a partir de novembro deste ano haverá vacinas, mas estas não chegarão aos países latino-americanos e nem a outras regiões do mundo.

"Com a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) para a gripe A (H1N1) serão fabricadas mais de duas milhões de doses para o vírus, mas a população mundial é de seis milhões", explicou.

De acordo com o último balanço da OMS, do dia 27 de julho, já são mais de 134 mil contágios em todo o mundo e 816 mortes. Na América do Sul, a Argentina continua a ser o país mais afetado pela doença, com 185 mortes confirmadas oficialmente.

Sintomas

A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.

Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório.

Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).
 
Fonte: Folha Online
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