Com estreia marcada para esta quarta-feira (5), às 20 horas, o programa é uma espécie de evolução do "Astros" - inclusive ocupando o mesmo horário da produção musical. Reprisando o diretor e os jurados Thomas Roth, Arnaldo Saccomani, Cyz Zamorano e Carlos Miranda, o novo programa traz uma novidade: o apresentador André Vasco. Egresso da MTV e com passagens pelo SBT, o jovem será uma espécie de elo entre o público e os candidatos. "Sou uma extensão do telespectador. Acompanho as histórias dos participantes e sou até um pouco psicólogo", resume ele, que no primeiro programa também fará as vezes de "guia", apresentando as regras por trás da seleção.
A cada semana, serão apresentadas cerca de 10 performances, que reúnem no palco de cantores a mágicos, passando pelas indefectíveis performances infantis. As crianças, aliás, estão dando um show à parte, segundo os jurados. "Eu fico indignado. Tem marmanjo que vem aqui e sai chorando. Em compensação, os moleques chegam e saem bem, mesmo sendo eliminados", relata Carlos Miranda. Conhecida por sua docilidade ao tratar os candidatos, Cyz Zamorano também e enfática ao tocar no assunto. "As crianças estão mesmo dando um banho nas apresentações. Só que temos de usar o mesmo critério para elas e para os adultos", pondera.
Critério é assunto delicado no programa. Considerando a variedade dos tipos de apresentações e a disparidade entre as faixas etárias dos participantes, estabelecer uma metodologia "científica" para a classificação é quase impossível. "A gente acaba ficando um pouco como telespectador", observa Cyz. Arnaldo - jurado de estilo "ermitão" com manifestações ocasionais para algumas estocadas divertidas -, concorda com a colega. "Eu sempre avalio: para fazer isso a pessoa precisa é de treino, de exercício ou de talento? No final, tiro isso e me pergunto se gostei ou não. O critério é esse", sintetiza.
Para garantir um lugar na semi-final, o candidato precisa da aprovação de todos os quatro integrantes do júri. Mesmo que a maioria aprove a performance, sem a anuência geral não se passa adiante. A situação gera polêmica principalmente com o público, que se manifesta veementemente quando não gosta da avaliação oficial. "E também pode acontecer de um dos jurados conseguir ser convencido pelos outros três de que aquele show deve ser avaliado positivamente", explica Ricardo.