A delegada Vilma Alves, titular da Delegacia da Mulher (Centro), ao visitar hoje o Cidadeverde.com informou que pediu à 5ª Vara Criminal a prisão preventiva de um médico e do ator Willian Tito, que são acusados de agressões físicas e verbais as suas companheiras.
A decisão ainda está sendo aguardada pela delegada. Os dois casos de violência teriam acontecido em junho deste ano e foram enquadradas pela Lei Maria da Penha, que completa hoje três anos de criação.
O médico teria espancado a mulher, dando socos principalmente no rosto, fazendo com que sofresse hemorragia ocular. “Ela não se intimidou por ele ser médico, ter a família médica e o denunciou. A mulher ficou desfigurada e a um centímetro de afetar o cérebro”, relatou a delegada Vilma, que não revelou o nome, porque o caso corre em segredo de Justiça.
Já o caso do ator Willian Tito ganhou repercussão porque a vítima foi a cabeleireira Ângela Farias, bastante conhecida na cidade. “A atitude dela de ir denunciar, mesmo sendo uma personalidade conhecida e de nível econômico mais elevado, fez com que encorajasse muitas outras mulheres ricas a nos procurar”, destacou a delegada.
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Ângela denunciou William Tito por ameaça de morte e tortura psicológica. O ator negou as acusações.
Ao comemorar três anos da Lei, a delegada acredita que a violência continua, mas as mulheres estão mais encorajadas a denunciar. “Somente este ano já somamos 992 boletins de ocorrência. Antes elas não iam as delegacias, porque achavam que não iria resolver. Mas, agora as mulheres tomaram consciência de que a Lei é rígida e está sendo cumprida”, afirma Vilma Alves.
E acrescenta: “Muitas domésticas não sabem, mas a Lei também as acolhem quando sofrerem ameaças e agressões física, moral, psicológica, sexual ou patrimonial de seus patrões. É só procurar uma Delegacia da Mulher, que o caso será investigado”, finalizou.
Caroline Oliveira
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