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No Piauí, Nilsinho poderá ser julgado por 7 crimes

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Fotos: Yala Sena/Cidadeverde.com
 
 
Ampliada às 18h43min
 
Nilson Reis Feitosa, o Nilsinho, foi apresentado no final da tarde desta segunda-feira (10) na Comissão Investigadora do Crime Organizado - CICO. Liberado pela Justiça do Ceará, ele foi autorizado a vir prestar depoimentos no Piauí, onde será julgado por pelo menos quatro crimes, entre eles a morte da estudante de Medicina Tallyne Teles, em março. A polícia, no entanto, já encontrou outros três delitos onde ele é suspeito, e pedirá novo indiciamento.
 
 
O juiz Luís Bessa autorizou a permanência de Nilsinho no Piauí por 30 dias. Nesse período, ele deverá ser ouvido e julgado por pelo menos quatro crimes: a morte de Tallyne, o estupro de uma fisioterapeuta em 2008, um roubo de veículo em Piripiri, e porte ilegal de arma, em Altos. Além disso, o delegado Francisco das Chagas Costa, o Bareta, informou hoje que pedirá a prisão de Nilson Feitosa por outros três roubos de carros no Piauí.
 
 
Nilsinho chegou por volta de 15h30min em Teresina, escoltado por policiais do Piauí e Ceará. Depois de fazer exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal, ele foi levado para a CICO. O criminoso deve passar a noite na Casa de Custódia, mas a polícia ainda cuida para encontrar uma bolsa colostomizada que possa ser usada por Nilson. Ele foi internado depois ser baleado e preso por policiais do Piauí no final de março, em ação no interior do Ceará, e ainda se recupera do ferimento no abdômen.
 
Apresentação
O presidente da CICO, delegado Bonfim Filho, declarou que a chegada de Nilson Feitosa conclui um trabalho árduo da polícia piauiense. Já o promotor Meton Filho lembrou o esforço do colega Hamilton Bezerra. Os dois se empenharam em resolver os impasses jurídicos para a transferência do acusado até Teresina, o que ele considerou uma "luta difícil". Só assim ele poderá ser julgado por todos os crimes.
 
 
"Ele tem um processo condenado, transitado, e julgado em Fortaleza por crime de assalto, e conseguiu regressão de regime. Isso estava dificultando sua transferência para Teresina", disse Meton Filho. O promotor acrescentou o desconhecimento da Justiça do Ceará da necessidade dos depoimentos no Piauí como outro fator de dificuldade. Caso não houvesse a presença de um representante do Piauí para resolver os problemas em Fortaleza, a vinda de Nilsinho poderia demorar ainda mais.
 
Meton Filho disse ainda que aguardará a defesa do advogado de Nilson Feitosa, e que o caso ficará nas mãos da juíza Valdênia Marques Moura Sá.
 
Ele atribuiu a transferência a uma junção de forças, que envolveu o secretário de Segurança, Robert Rios, procuradores do Estado e da Justiça, corregedores do Ministério Público e Tribunal de Justiça, e o próprio presidente do TJ, Raimundo Nonato Alencar. Nilsinho, segundo Meton Filho, não criou obstáculos.
 

Yala Sena (flash da CICO)
Fábio Lima (da Redação)
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