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Brasil chega a Berlim em busca do inédito ouro no Mundial

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A equipe brasileira que disputa o Mundial de atletismo deste ano, a partir deste sábado até o dia 22 deste mês em Berlim, tem como principal objetivo o primeiro ouro para o país na história da competição.

Até hoje foram dez medalhas conquistadas, sendo cinco pratas e cinco de bronze. Na última edição, na cidade japonesa de Osaka, Jadel Gregório terminou em segundo lugar no salto triplo.

O paranaense chega à capital alemã como candidato a outra medalha, mas terá de enfrentar a concorrência do português Nelson Évora, que lidera o ranking da temporada com 17,66 metros, e os cubanos Yoandri Betanzos e Alexis Copello.

A grande esperança brasileira é Maurren Maggi, medalha de ouro no salto em distância dos Jogos Olímpicos de Pequim. Maior brasileira a conquistar um resultado individual no atletismo, ela tem a chance de entrar para a história novamente com a inédita conquista em Mundiais para a nação.

Maurren não vem tão bem como no ano passado, mas fez 6m90 em Doha e pode ameaçar a americana Brittney Reese, única que superou os sete metros (7m06) e a portuguesa Naide Gomes. A russa Tatiana Lebedeva, prata em Pequim, também é uma ameaça.

"Há adversárias fortes e o desempenho de todas está muito próximo, este ano. Acho que dá para esperar um bom salto, um lugar na final e a briga por medalha", disse a atleta em declarações publicadas pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).

No salto com vara feminino, Fabiana Murer tem chance de faturar a prata ou o bronze, já que o ouro deve ficar novamente com a russa Yelena Isinbayeva, sua companheira de treinos e absoluta na prova desde 2004.

A brasileira chegou a ter a melhor marca do ano, saltando 4,82 m no Rio de Janeiro em 7 de junho, mas a bicampeã olímpica e mundial chegou aos 4,85 m um mês depois, em Roma.

Outros que podem surpreender são Marílson Gomes dos Santos, na maratona; Keila Costa, no salto em distância; e Jessé Farias de Lima, no salto em altura.

O revezamento 4 x 100 m masculino, que conta com Vicente Lenilson, Basílio de Moraes Júnior, Sandro Viana e José Carlos Moreira, é outra representação do país a ser acopanhada.

"Em princípio, o Vicente Lenilson abre a prova para o Brasil. O Sandro Viana deve ser o segundo homem, o Basílio de Moraes o terceiro e o Codó (José Carlos Moreira) fecha. Ainda não é definitiva, mas esta é a formação mais provável, forte para obter a classificação para a final pela sexta vez", afirmou o técnico Katsuhico Nakaya.

Um bom desempenho no Mundial também trará confiança ao atletismo brasileiro, abalado nas últimas semanas pela descoberta de muitos casos de doping.

Os velocistas Bruno Tenório, Jorge Célio Sena, Josiane Tito, Luciana França, além de Lucimara Silvestre, do heptatlo, foram pegos pela substância eritropoetina (EPO) em um exame feito dia 15 de junho. Todos estavam em Berlim, realizando preparação para o Mundial.

Outros casos anunciados nos dias posteriores trouxeram preocupação para o futuro do esporte. Mas os atletas deram sinais de força ao conseguirem bons resultados no Meeting de Cottbus, na Alemanha, semana passada. Sandro Viana venceu os 200 metros rasos, e Lucimar de Moura os 100 m.

Sandro venceu sua prova com um tempo de 20s79, enquanto Lucimar foi a primeira com uma marca de 11s43. Jailma de Lima ainda levou a prata nos 200m, perdendo para a colombiana Norma González.

O Brasil foi segundo colocado no revezamento 4 x 100m com um tempo de 38s91, atrás apenas dos americanos - que venceram ao estabelecer 37s85 com Terrence Trammell, Mike Rodgers, Shawn Crawford e Darvis Patton.


Fonte: Estadão
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