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Dirigentes pedem Vila Olímpica para ter piauienses em Rio 2016

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Ainda comemorando a conquista do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016, dirigentes do esporte piauiense também estão atentos para como o evento poderá repercutir positivamente no Estado. O Cidadeverde.com ouviu diretores de algumas das principais federações esportivas do Piauí, e todos foram unânimes no pedido de melhor estrutura e mais apoio para competições. A criação de uma Vila Olímpica foi citada como ponto primordial.
 
Fábio Lima/Cidadeverde.com
Na Natação, coronel Raul Feitosa defende mais intercâmbio e estrutura
 
Coronel Raul Feitosa, vice-presidente da Federação Piauiense de Desportos Aquáticos, disse que o evento trará um incentivo aos atletas e as autoridades deverão se preocupar em atender tal demanda e preparar os competidores. "Primeiro é preciso incentivo ao intercâmbio. Você só treinando aqui no Piauí não consegue fazer uma mensuração do seu trabalho. Além disso, precisamos melhorar as instalações. Uma Vila Olímpica, com restaurante e alojamento para facilitar o trabalho dos atletas, resolveria muita coisa", defendeu.
 
Para Francisco Ferraz, presidente da Federação de Badminton do Piauí, a construção de uma Vila Olímpica, com estrutura adequada para todas as modalidades, seria mesmo o ideal. Enquanto isso não for possível, a raça de quem persistir será a força motora do sonho olímpico. "Hoje, quem consegue se classificar é na raça, na perseverança de tentar uma e mais vezes. Quem conta com infra-estrutura, material, profissionais e condições de viagens pode ter melhores resultados", declarou.
 
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Último Coelho: situação no vôlei é crítica
 
Montar base é importante
Antes disso, o trabalho de categorias de base é primordial para Ferraz, que já comemora o sucesso do Badminton do Piauí nesse sentido. Andreza Miranda, aos 14 anos, treina hoje em São Paulo com atletas da seleção adulta, e é o alvo para os Jogos do Rio. "Vamos tentar encaixar a Andreza em 2012. Em 2016, esse trabalho já será buscando medalha, e não participação", afirmou Ferraz. Além dela, outras promessas reveladas nas escolas públicas de Teresina podem surgir. "Quem já tem categoria de base pronta, sai na frente", acrescentou o presidente da Febapi.
 
No vôlei, as perspectivas não são boas justamente nesse sentido. Último Coelho, presidente da federação piauiense da modalidade, citou o fiasco no Brasileiro Infanto Feminino da 2ª divisão, disputado em São Luís na semana passada, como exemplo. Chamado a atenção do mal desempenho pela Confederação Brasileira de Vôlei, ele justificou que não existe mais base em Teresina. Torneios locais que chegavam a ter 18 times, ocorrem até com somente três.
 
"A política do esporte precisa mudar. Se eu não ver nenhuma mudança de direção de um modo geral, eu não tenho expectativa de nada. Acabará sendo um evento a mais. Todos os políticos estarão presentes, mas como fica a gestão do esporte?", indagou.
 
Fábio Lima/Cidadeverde.com
Danys Queiroz: Brasil será obrigado a investir de verdade no esporte
 
Com base forte, e principal fonte de conquistas esportivas do Piauí, o Judô sonha com uma mudança nos rumos do esporte brasileiro. "Nos próximos sete anos, o esporte passará de uma mera bandeira política e de marketing, e o Brasil será obrigado a usar o esporte como fator de cultura esportiva. Vamos ter que ter reais investimentos no esporte, tanto no aspecto estrutural como profissional. E não é só no Rio, mas em todo em Brasil", disse Danys Queiroz, presidente da Federação Piauiense de Judô.
 
Não faltam atletas, mas estrutura no Piauí ainda é precária
 
No Atletismo, falta pista
Entre esses investimentos, o Atletismo espera concretizar a realização de um sonho: a construção de uma pista sintética. Tendo nomes como o maratonista José Teles e talentos que podem almejar a olimpíada no Brasil, a modalidade ainda carece de estrutura. "Isso (vitória do Rio) pode vir a ajudar para que, em um futuro bem próximo, nós tenhamos essa pista", anseia o presidente da Federação de Atletismo do Piauí, Antônio Nilson, que também espera maior apoio para competições.
 
"Os programas de incentivo à modalidade amadora precisam ser suplementados pelos governos do Estado e município. Atleta nós temos. Precisamos é dar suporte para que eles consigam desenvolver seus trabalhos tendo uma estrutura, para que eles representem o seu país em 2016", concluiu Nilson.
 
Ampliada às 17h22min
 
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