Dois homens, em uma ação audaciosa na manhã deste domingo, invadiram o cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio de Janeiro, e picharam o túmulo do jornalista e ex-presidente das organições Globo, Roberto Marinho. Segundo a direção do cemitério as inscrições já foram removidas. Um dos pichadores, Zabo, 22 anos, disse que não pichou nada e sim, fez "uma obra de arte".

 

"Pichei não. Fiz uma obra de arte. A gente não é revoltado, rebelde é o modo da gente se expressar", disse Zabo, que escreveu "cadê a enfermeira Patrícia?", no túmulo do jornalista.

 

A pichação se refere ao caso da engenheira Patrícia Franco, 24 anos, desaparecida após um suposto acidente de carro na saída do túnel Lagoa-Barra, no dia 14 de junho de 2008. Seu carro foi encontrado no canal Marapendi, alvejado por tiros.

 

"Eles só falam em Olímpiadas, e a engenheira até agora ninguém achou. A polícia não faz nada", afirmou o pichador sem explicar a relação da engenheira com o túmulo do jornalista.

 

Ainda de acordo com Zabo, que disse ser cozinheiro e não usar drogas, ele também é autor de pichações no túmulo do traficante Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê, morto em setembro de 2002.