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Semi-árido do Piauí vira oásis e transforma região

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O que antes era uma área de sequidão, em que os moradores esperavam a ajuda dos céus para mandar chuva, hoje é só promessa. Mas promessa com muito trabalho, esforço e compromisso com a cultura empreendedora.
 

Os mais de 1,2 milhão de habitantes (quase a metade da população do Piauí) vivem nos 151 municípios que compõem o semi-árido. Agora, esse povo sabe criar e aproveitar oportunidades.

A equipe da TV Cidade Verde percorreu São Raimundo Nonato, São João do Piauí, Paulistana, Simplício Mendes, Fronteiras, Picos, Santo Antonio de Lisboa e Oeiras para conferir o que o homem do sertão vem fazendo para mudar a realidade e conviver harmoniosamente com a seca.
 

São Raimundo Nonato

Com pouco mais de 31 mil habitantes, a cidade é conhecida internacionalmente por ser parte integrante do Parque Nacional da Serra da Capivara, patrimônio mundial da Unesco.
 

Além do turismo, a população se envolve cada vez mais com a produção de cerâmica. São 28 empregos diretos, sendo 22 artesãos das localidades próximas, comercializando peças até para o exterior.

São João do Piauí

O município que viu muita gente morrer de sede e fome, hoje é produtor de uvas. A barragem do Jenipapo, cartão postal da cidade, abriga 280 milhões de metros cúbicos de água.
 

Um festival vem movimentando a cidade. E não só as videiras enchem os olhos dos visitantes. Mudas de lichia, rambutan, caqui, pupunha, ameixa, maçã, pera, pêssego, oliveira e figo colorem o sertão.

Paulistana

Talvez a mais urbana das cidades do interior piauiense. Em Paulistana, o homem do campo trocou o cavalo e a bicicleta pela moto. O comércio é movimentado, principalmente nas sextas-feiras, dia de feira.
 

É onde os pequenos empreendedores se encontram. É o caso de seu Francisco, que compra 300 bodes toda semana. Ele mata e revende a carne em Teresina.

O vento de Paulistana também chama a atenção. É ele que abre os olhos dos investidores para uma riqueza que está sendo descoberta aos poucos. O minério de ferro já desperta o interesse dos grandes grupos de empresários brasileiros.
 

Sondas fazem a retirada de amostras para avaliação a uma profundidade de 500 metros. Pesquisadores avaliam o tamanho da jazida, que pode ser a segunda maior do mundo, avaliada em R$ 2,4 bilhões.

Simplício Mendes

A pequena Simplício Mendes se destaca como a maior produtora de mel do Piauí e a 2ª maior exportadora, agora adoçando a mesa dos americanos. As máquinas da cooperativa envasam até 340 Kg de mel por dia.
 

Fronteiras

As chaminés que ficam a 23 Km da zona urbana dão o sinal do que o povo de Fronteiras vem empreendendo. É a fábrica de cimento Itapissuma. O gigante imponente no meio do sertão.

São cerca de 600 moradores com carteira assinada na fábrica. O local é parada obrigatória dos caminhoneiros.
 

Ao redor do local, as idéias surgem e as pessoas passam a sobrevivem indiretamente do cimento. Joseni, que já foi caminhoneiro da fábrica, agora tem um restaurante, que alimenta os trabalhadores.

Picos

Como todos sabem, a cidade é conhecida pelo comércio e pela produçao de mel, que deu ao Brasil o título de 4º maior exportador do mundo. A produção é de 20 mil toneladas por ano, movimentando U$ 45 milhões.
 

Os apiários ficam em Santana do Piauí, a 18 Km de Picos. É lá que trabalha seu Antonio José de Moura, que deixou a agricultura para se dedicar às abelhas.

Santo Antonio de Lisboa

Um arco, na entrada da cidade, anuncia: Capital do Caju. A fruta está espalhada por toda parte. As famílias deixaram as roças para se dedicarem ao caju. As frutas são separadas em galpões e levadas para as fábricas de beneficiamento, onde são transformadas em polpas e vendidas para fábricas de suco de todo país. São 200 toneladas de polpa por dia.
 

A castanha também não é desperdiçada. As fábricas de beneficiamento em Picos geram emprego e levam o produto para todo Brasil.

Oeiras

Oeiras lembra religiosidade. Além das igrejas, pontos turísticos como o Morro do Leme, que abriga a estátua de Nossa Senhora da Vitória e sua imensa escadaria são de encher os olhos.
 

No interior da cidade, uma grande quantidade de barraginhas, uma alternativa encontrada para uma convivência mais amena com o forte sol. E a cada dia, mais tratores cavam a terra seca que receberá água.
 

E assim, novas barraginhas vão sendo erguidas. Somente este ano, já foram construídas 200.
 

Leilane Nunes
Com informações de Eli Lopes
[email protected]

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