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Exame comprova: arma de Nilson matou Tallyne

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Iury Campelo/Cidadeverde.com
 
Atualiza às 13h29
 
O promotor Methon Filho dispara durante o julgamento de Nilson Feitosa que a estratégia da defesa é desqualificar o depoimento das testemunhas de acusação. Entretanto, para ele, não há como este ato ter sucesso.
 
"As provas contra Nilson estão todas prontas e está sendo cumpridas apenas as formalidades impostas pela Lei. Não tenho dúvida nenhuma sobre a condenação do réu", disse.
 
Atualizada às 13h17
 
Joaquim Alves Júnior relatou em seu depoimento que Nilson Feitosa trocou tiros com a polícia e que no momento de sua prisão portava o revólver calibre 38. Após um o exame de microcomparação balística, foi comprovada que esta era a mesma arma que matou a estudante Tallyne Teles.
 
O policial da Cico disse ainda que Nilson Feitosa portava uma pistola e munição de reserva tanto para ambas as armas de fogo.
  
Atualizada às 12h42
 
Segunda testemunha
 
O policial da Comissão Investigadora do Crime Organizado que deu voz de prisão a Nilson, quando ele foi pego num matagal na cidade de São Luís do Curu (CE), é a segunda testemunha de acusação. O depoimento começou ao meio dia.
 
O policial Joaquim Alves Júnior conta como a equipe conseguiu chegar até o local onde o réu estava escondido e como conseguiram efetuar a prisão.
 
Ainda serão ouvidas duas testemunhas de acusação e quatro de defesa. Todos os depoimentos deverão ser ouvidos ainda hoje. Logo após, Nilson será ouvido como réu.
 
O julgamento continuará sem intervalo para almoço.
 
Atualizada às 11h50
 
Tentativa de intimidação
 
Na hora em que Zaiana começou prestar seu depoimento, a defesa solicitou que ela fizesse o juramento de falar somente a verdade. Então, a juíza Valdênia declarou que ela seria arrolada como informante.
 
Segundo Meton Filho, a iniciativa da defesa de fazer com que Zaiana prestasse o juramento foi para intimidá-la, constrangê-la e posteriormente pedir a prisão da testemunha.
 
Várias outras provas testemunhais serão produzidas em juízo.
 

 
Depoimento
 
Zaiana conta em seu depoimento como foi o sequestro. Segundo ela, Nilson a abordou se apresentando como policial federal. Ela chegou a reconhecer o acusado no momento da abordagem porque lembrava de já tê-lo visto na porta de sua casa. Zaiana foi levada no próprio carro até a BR, na entrada da cidade.
 
Nilson teria mandado que Zaiana saísse do carro e caminhasse sem olhar para trás. Mas Zaiana olhou e ele deu um tiro no joelho da moça. Logo em seguida, dois tiros na cabeça. Ela revelou que se fingiu de morta para que Nilson pudesse ir embora. Ele acabou levando o carro.
 
Ela foi trazida para Teresina e, em depoimento na Secretaria de Segurança, reconheceu Nilson Feitosa em uma foto.
 
Após o depoimento, o advogado de defesa Francisco Sousa Filho faz as perguntas à testemunha.
 
Francisco Filho, ao fazer as perguntas à Zaiana, indagou sobre sua vida pessoal e sua intimidade, sobre família e ex-namorados. O Ministério Público pediu que ele fosse mais objetivo, mesmo assim ele continuou. A juíza bateu a mão na mesa e disse que ele estava violando o direito a intimidade da depoente. "O senhor é que está tumultuando o trabalho da Justiça", falou com voz firme. 
 
Atualizada às 9h40
 
Começou às 09h30 da manhã de hoje o julgamento de Nilson Feitosa no caso da morte da estudante de Medicina Tallyne Teles. Foi lida a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra o acusado. A juíza Valdênia Marques, titular da 9ª Vara Criminal, fez a chamada das testemunhas arroladas para esta fase e uma testemunha de defesa faltou.
 
Primeira testemunha
 
Nilson não estará presente na primeira fase do julgamento. Hoje será feita somente a oitiva das testemunhas, primeiro de acusação e depois da defesa. A primeira testemunha, que está sendo ouvida agora é a bancária Zaiana dos Reis Machado, que foi alvejada com três tiros na cabeça no dia 07/01, na cidade de Tianguá, desferidos pelo acusado.
 

 
Zaiana foi o ponto de partida na investigação do Caso Tallyne. Nilson a teria sequestrado e efetuado três disparos contra a estudante, assim como é acusado de ter feito com Tallyne. O crime ocorreu na estrada de Tianguá, onde reside Zaiana. Ela conseguiu sobreviver, mesmo tendo levado um tiro na cabeça. Ela se fingiu de morta e foi socorrida ainda na estrada.
 
Policiais da Cico relacionaram o caso de Zaiana com o de Tallyne e trouxeram a estudante para prestar depoimento em Teresina.  
 
Segundo o promotor Meton Filho, essa fase de oitiva das testemunhas deve terminar por volta das 16h.
 
Atualizada às 8h50
 
 
 
Meton Filho concedeu entrevista antes do início do julgamento de Nilson Feitosa pela morte da estudante Tallyne Teles e disse que para o Ministério Público não existe a menor dúvida da autoria ou da materialidade do crime, uma vez que o trabalho da polícia foi determinante para a elucidação.
 
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Juíza Valdênia Marques

Algumas pessoas arroladas no processo estão sendo ouvidas por carta precatória e a promotoria espera uma pena além de 29 anos de prisão, tendo em vista que o roubo qualificado pelo restultado morte tem uma pena prevista no Código Penal muito alta. "O trabalho da polícia beira a perfeição", completou.

Para o delegado Willame Moraes, que presidiu o inquérito, não há a menor dúvida de que, de fato, Nilson foi o autor do crime.
 

Já estão presentes vários familiares de Tallyne Teles. A mãe está sob efeito de medicação calmante e não concederá entrevistas.

O Grupamento Especial de Operações da Casa de Custódia faz a segurança de Nilson dentro do auditório do Quartel do Comando da Polícia Militar, onde ocorre o julgamento.
 

 
Familiares fizeram um álbum com fotos da estudantes e frases dizendo que ela era meiga, carinhosa. A família está toda com camisas brancas com fotos dela.
 
O advogado Francisco Sousa Filho disse que espera que Nilson saia do julgamento absolvido, uma vez que não existem provas contundentes de que ele seja de fato o autor do assassinato de Tallyne. Ele também confirma que fez um pedido à juíza Valdênia Marques para que, pelo princípio do promotor natural, que o promotor fosse o titular da vara e não o promotor Meton Filho.
 
Meton Filho foi designado para o caso pelo Ministério Público.
 

 
O advogado explica que, inclusive, o resultado do julgamento pode ser anulado por conta disso.
 
Para o promotor Meton Filho, o Brasil é um país livre. "Quem tem boca fala o que quer", referindo-se ao advogado. Ele considera esse pedido juridicamente irrelevante, espera que a juíza desconsidere essa solicitação, uma vez que não há fundamentação.
 
O julgamento ainda não começou. A movimentação é grande no auditório e Nilson está recluso numa sala ao lado.
 
Flash de Iury Campelo (especial para o Cidadeverde.com)
Redação de Leilane Nunes
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