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Dívida pública do Brasil recua pelo 2º mês seguido

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A dívida pública federal, o que inclui os débitos internos e externos, recuou 1,11% em outubro deste ano, para R$ 1,47 trilhão, informou nesta segunda-feira (23) a Secretaria do Tesouro Nacional. Esse é o segundo mês seguido de queda da dívida pública, que, em setembro, já havia caído 1,39%.
 

Razão da queda

Dados do Tesouro Nacional mostram que a dívida caiu em outubro por conta do baixo volume de emissões de títulos públicos, aliado a resgates elevados. No mês passado, a instituição emitiu R$ 23,77 bilhões em papéis da dívida interna (dos quais R$ 2 bilhões diretamente para a Caixa Econômica Federal), ao mesmo tempo em que os resgates (vencimentos) dos títulos públicos totalizaram R$ 50,93 bilhões.

 
Com isso, houve um resgate líquido (acima das emissões, o que contribui para a queda da dívida) de R$ 27,17 bilhões no endividamento interno - valor que foi parcialmente compensado pela despesa com juros de R$ 10,94 bilhões.
 
 Volatilidade
 
"Em momentos de maior volatilidade [sobe e desce de cotações], o Tesouro Nacional utiliza como estratégia a redução dos valores vendidos e do prazo dos papéis", disse Fernando Garrido, coordenador da Dívida Pública do Tesouro Nacional. Segundo ele, "houve volatilidade" em outubro.
 
Deste modo, a queda da dívida pública está relacionada com os efeitos da crise financeira, que elevaram os juros pedidos pelo mercado financeiro e, com isso, o Tesouro Nacional optou por ofertar menos papéis.
 
No início de setembro, o Tesouro pagou uma taxa de juros de 11,98% ao ano para títulos prefixados com vencimento em 2013. No início de outubro, a taxa já estava em 12,18% ao ano, avançando para 12,43% em 22 de outubro e 12,44% ao ano na última semana. Os juros futuros começaram a subir após o alerta do BC de que a inflação pode subir no futuro, impulsionada pelos gastos públicos.
 
Dívida interna e externa
 
Por conta do resgate de papéis, a dívida interna total caiu 1,09% em outubro, para R$ 1,37 trilhão, contra R$ 1,38 trilhão em setembro. No caso da dívida externa, por sua vez, houve um recuo de 1,38% no mês passado, para R$ 101,6 bilhões, contra R$ 103 bilhões em setembro. O Tesouro Nacional informa que o principal fator que contriubuiu para a queda da dívida externa no mês passado foi a valorização do real frente às demais moedas que compõem o endividamento do país com o exterior.
 
Composição da dívida interna
 
Em outubro deste ano, ainda segundo o Tesouro Nacional, dívida pública interna atrelada à variação da taxa básica de juros, a Selic - após a contabilização dos contratos de swap emitidos pelo Banco Central - subiu para R$ 516 bilhões (ou 37,6% do total). Em setembro, o patamar da dívida pós-fixada estava em R$ 511 bilhões, ou 36,9% do total.
No mês passado, a dívida prefixada, isto é, cuja correção é determinada no momento do leilão, caiu para R$ 428 bilhões, ou 31,23% do total, contra R$ 452 bilhões (ou 32,67% do total), em setembro deste ano. Já a parcela da dívida atrelada à índices de preços (inflação) somou R$ 399 bilhões em outubro, ou 29,16% de toda dívida, contra R$ 394 bilhões, ou 28,47% do total, em setembro deste ano.
 
Fonte: G1
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