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Médicos farão paralisação em todo o PI a partir do dia 2 de dezembro

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Hoje, a diretoria do Sindicato dos Médicos visitará as unidades de saúde para mobilizar os médicos visando a paralisação de 24 horas a ser realizada no próximo dia 2 de dezembro. “Vamos conversar com os colegas, explicar a importância da suspensão do atendimento para alcançar o nosso objetivo, que é sensibilizar os gestores e alertar a população quanto ao descaso para com a categoria”, afirma o presidente da entidade, Leonardo Eulálio.
 
 Leonardo Eulálio, presidente do Sindicato dos Médicos
 
Com o tema “Vergonha”, a campanha salarial desencadeada pelo SIMEPI já começa a ser vista em cartazes espalhados pelos hospitais de Teresina. Na próxima quarta-feira, os médicos deixarão de atender em todas as unidades de saúde, seja da Prefeitura ou do Estado, incluindo os serviços de urgência, que funcionarão com apenas 1/3 da sua capacidade.
 
A categoria exige aumento salarial escalonado de 30%, a partir de janeiro, o que elevaria o valor do piso salarial do médico da Prefeitura, que atualmente corresponde a R$ 1.294,43. Aqueles que possuem vínculo com a Secretaria Estadual de Saúde recebem piso de R$ 1.010. De acordo com a vice-presidente do SIMEPI, Lúcia Santos, esse valor é ínfimo, comparado à responsabilidade atribuída ao médico.
 
Com base em pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, a FENAM – Federação Nacional dos Médicos propõe que o piso salarial da categoria seja fixado em R$ 8.200,00 para 20 horas semanais. “Sabemos que esse valor está longe da realidade do Piauí, mas vamos continuar lutando pela valorização do profissional”, pontuou o tesoureiro do sindicato, Fábio Furtado.
 
“A Medicina exige extrema dedicação, a começar pelo fato de que o vestibular é o mais concorrido e o curso, além de ser extenso, tem a hora/aula mais cara. É considerada uma das profissões mais desgastantes, que exige atenção integral. No Piauí, os médicos são reconhecidos pela excelente qualificação. Prova disso é a grande demanda de pessoas de outros estados que procuram tratamento em Teresina. Apesar de tudo, o profissional piauiense é um dos mais mal remunerados”, lamenta o presidente ASPIMED, Felipe Pádua.
 
A paralisação do dia 2 de dezembro é apenas uma advertência. A categoria médica ameaça deixar as unidades sem atendimento nesse final de ano, caso a Prefeitura de Teresina e o Governo do Estado não abram um canal de negociação.
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