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Médicos continuam em greve e esperam proposta

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Depois de uma hora de reunião na sede da Fundação Municipal de Saúde - FMS -, o órgão e o Sindicato dos Médicos do Piauí - Simepi - não chegaram a um acordo, e a greve iniciada nesta quarta-feira (9) continua. Enquanto o presidente da FMS, Firmino Filho, questiona que o percentual pedido poderia construir três hospitais, a categoria contesta e aguarda uma contraproposta da Prefeitura de Teresina.


Firmino Filho afirma que reajuste poderia construir três hospitais

Em entrevista ao vivo no Jornal Cidade Verde, Firmino Filho informou que a proposta de reajuste dos médicos é de 211%, e com os R$ 65 milhões a mais pedidos seria possível construir três hospitais iguais ao Hospital de Urgência de Teresina - HUT. Segundo o presidente da FMS, Teresina gasta atualmente R$ 30 milhões por ano com a categoria, e o percentual, que elevaria o salário de R$ 2.880 para mais de R$ 8 mil, é impraticável.

"Da nossa parte, recebemos o sindicato para dialogar. Acho que não existe nenhuma perspectiva de negociação, o quadro continua como antes. O que está em jogo é a saúde da população. É preciso ter equilibrio, ter calma, evitar um clima de radicalismo", disse o presidente da FMS, que considerou a decisão de cruzar os braços assodada.


Leonardo Eulálio disse que espera contra proposta da Prefeitura

Leonardo Eulálio, presidente do Simepi, contestou os valores. "Na reunião de hoje a gente aguardava que fosse colocada alguma contraproposta. Hoje, quem está com a palavra é o presidente da Fundação. A categoria já mostrou sua insatisfação e sua pauta de reivindicações. A gente pede o piso salarial em torno de R$ 3,5 mil para profissionais que cuidam de vidas. Acreditamos que esse piso salarial não é exorbitante. Abdicamos até de produtividade", declarou.

Firmino Filho ainda contestou a legalidade da greve. Pelo seu perfil no Twitter, ele apresentou na tarde de hoje um documento que constataria a comunicação do movimento à FMS somente hoje, e não com três dias de antecedência. Leonardo Eulálio não quis comentar a reclamação. "Esse discurso só vai piorar as relações. Ele (Firmino) entrou na Justiça pedindo a suspensão mesmo antes do início do movimento", rebateu o presidente do Simepi.


Documento apresentado por Firmino Filho contestaria legalidade da greve

O Ministério Público já informou que quer ser comunidado de qualquer prejuízo ao atendimento de urgência e emergência durante o movimento. "Há que se ter muita responsabilidade quando se fala em parar serviço de saúde que é essencial", declarou a promotora Cláudia Seabra.

Eli Lopes (TV Cidade Verde)
Fábio Lima (Da Redação)
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