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Jornal relata cotidiano de "maior fraudador" preso

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O ex-investidor Bernard Madoff, autor da considera maior fraude da história de Wall Street, vai se adaptando à sua nova vida em uma prisão do Estado americano da Carolina do Norte, que abriga também outros criminosos conhecidos, informa nesta sexta-feira o jornal The Wall Street Journal.



Madoff compartilha uma cela com outro interno mais jovem, chamado Frank, e costuma jogar xadrez e damas. Além disso, é o responsável, em algumas ocasiões, por limpar a cozinha da penitenciária, onde já cumpriu cinco meses dos 150 anos a que foi condenado em junho.

Os detalhes da rotina diária de Madoff e de sua relação com outros internos foram colhidos em entrevistas com atuais e antigos presos no centro, e a partir do testemunho de alguns advogados que tiveram relação com ele.

As autoridades penitenciárias não revelaram qualquer informação a respeito, além de garantir que Madoff é tratado como qualquer outro preso. O advogado do ex-investidor, Ira Sorkin, declarou ao jornal que, dadas as circunstâncias, "está bem" e que "segue sofrendo profundamente pelo que fez".

Após chegar à penitenciária no último mês de julho, Madoff, 71 anos, recebia pedidos de autógrafos de outros internos, revelou Nancy Fineman, advogada que representa investidores afetados pela fraude, que falou com ele no verão.

"Queriam a assinatura para vendê-la no eBay (site de comércio eletrônico), por isso ele não assinava nada", disse a advogada. Nancy garantiu, ainda, que o ex-investidor afirmou que falava em algumas ocasiões com Carmine Persico, famoso chefe do clã mafioso Colombo, e com Jonathan Pollard, americano condenado por espionar para Israel.

O jornal destaca ainda que alguns presos acreditam que Madoff tem dinheiro escondido em algum lugar, e por isso se aproximam dele de forma amigável, mas os funcionários vigiam essa atitude de perto e não permitem que se formem círculos em volta dele.

Madoff foi o responsável por um esquema no estilo Pirâmide (Ponzi), que gerou prejuízos de US$ 65 bilhões a investidores, segundo estimativa dos procuradores do caso. No esquema, o dinheiro dos novos clientes era usado para pagar a rentabilidade dos antigos.




Fonte: terra

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