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Médicos decidem voltar ao trabalho e prometem greve no próximo mês

Depois de mais de uma hora em assembleia geral, médicos do Piauí decidiram suspender a paralisação iniciada na última quarta-feira e não deflagrar greve neste mês. A categoria alegou respeito à população em função das festas de fim de ano. No entanto, o indicativo de suspensão das atividades por tempo indeterminado continua mantido para o dia 7 de janeiro de 2010.


Leonardo Eulálio: se não houver acordo, 2010 começa com greve

Na assembleia da noite desta sexta-feira (11), chegou-se a cogitar novas paralisações de 72 horas para se evitar o início da greve no fim de ano, mas a proposta foi vencida. A partir deste sábado, a categoria volta ao trabalho normalmente, mas ainda aguarda posição do poder público sobre o pedido de reajuste do piso salarial, que subiria para R$ 3,5 mil até 2012 em aumento escalonado.

O Sindicato dos Médicos do Piauí - Simepi -, comandado pelo presidente Leonardo Eulálio, citou exemplos de greves ocorridas recentemente em Alagoas e na cidade do Recife/PE, que persistiram até que a proposta fosse aceita. Uma nova assembleia foi marcada para o dia 6 de janeiro, e caso não existam avanços nas negociações, a greve começa no dia 7, uma quinta-feira.

Também nesta sexta-feira, a secretária estadual de Administração, Regina Sousa, alegou que o percentual de reajuste iria provocar um desequilíbrio das contas públicas. "Eu não tenho como tirar. No orçamento não cabe o reajuste que eles estão pedindo, 30% a cada 6 meses. Não é que eles não mereçam", declarou.

Em Teresina, o presidente da Fundação Municipal de Saúde - FMS -, Firmino Filho, reafirmou que o reajuste causaria um impacto de R$ 65 milhões anuais na folha de pagamento da Prefeitura, dinheiro que seria suficiente para manter o Hospital de Urgência de Teresina - HUT - funcionando por um ano.

Fábio Lima
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