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Eleições: Candidatura de Ciro Gomes está mantida, garante PSB

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Integrantes da Executiva Nacional do PSB reagiram  pressão dos petistas para que o deputado Ciro Gomes (CE) desista da candidatura à Presidência da República pelo partido para concorrer ao governo de São Paulo.

Os socialistas dizem que somente em março, quando a cúpula partidária se reunirá, é que vão bater o martelo sobre o destino político de Ciro. Os petistas, por sua vez, exigem uma definição do deputado cearense antes do lançamento da candidatura presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, prevista para ocorrer em 18 de fevereiro.


“A candidatura do Ciro está mantida”, afirmou o líder do PSB na Câmara,Rodrigo Rollemberg (DF). “A decisão sobre o futuro do PSB toma o PSB. Os outros partidos devem respeitar as decisões que cabem ao PSB. Nossas decisões não serão tomadas por dirigentes de outras legendas. Nossas decisões serão tomadas pela nossa direção”, reforçou o presidente da sigla e governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

“É natural que o PT queira que Ciro desista. O partido pressiona de forma legítima porque considera melhor ele não ser candidato. Mas o PSB deve continuar insistindo para viabilizá-la”, afirmou o senador Renato Casagrande (ES), secretário-geral da legenda, para quem os socialistas, com a desistência de Ciro, teriam um “papel secundário” na chapa a presidente costurada entre o PT e o PMDB.

Intervenção
O PT espera que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva peça ao presidente do PSB a saída do deputado cearense do páreo. Lula visita o estado governado por Eduardo Campos amanhã. Se bem-sucedida, a intervenção de Lula cumpriria três objetivos. Primeiro, o de unificar a base governista em torno de uma única candidatura a presidente, a da petista Dilma Rousseff. Segundo, os aliados teriam um nome competitivo para disputar o governo do maior colégio eleitoral do país contra os tucanos, no poder desde 1995 — pesquisas mostram que o socialista alcança melhores intenções de voto do que candidatos do próprio PT. De quebra, o PSB poderia se integrar formalmente à chapa PT-PMDB, o que acarreta dois minutos e meio a mais de tempo de TV nas eleições. De volta das férias, Ciro pode participar da conversa com Eduardo Campos e Lula que deverá selar seu futuro.


Os socialistas, porém, estão cientes das dificuldades encontradas para o segundo projeto presidencial de Ciro decolar — ele foi candidato em 2002, pelo PPS. Em setembro passado, o deputado mudou o domicílio eleitoral para São Paulo, alimentando a esperança petista de que concorrerá ao Palácio dos Bandeirantes. Dois meses depois, o partido aclamou-o candidato a presidente, mas, desde então, Ciro não articulou qualquer aliança partidária. Num movimento que diminuiu o raio de ação do PSB, o PT de Dilma obteve, nesse período, o apoio formal de praticamente todos os partidos da base aliada para a candidatura de Dilma.

Para demonstrar publicamente que o projeto nacional de Ciro está em pé, o presidente do PSB encontrou-se ontem em Recife com Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e recém-filiado ao partido. Eduardo Campos pediu-lhe que mantivesse a pré-candidatura ao governo paulista. “Eu acho que a candidatura de Paulo Skaf é uma candidatura que amplia (o palanque em São Paulo). Nós somos um partido, o PT é outro partido. Nós queremos é construir uma ampla aliança no campo de oposição em São Paulo”, disse.

Fonte: Correio Web

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