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FIFA muda sistema para venda de ingressos em 2014

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Desesperada diante dos 800 mil ingressos encalhados para o Mundial de 2010, a Fifa decidiu rever sua estratégia para a Copa de 2014 e evitar que o Brasil repita o fracasso sul-africano. A entidade vive uma crise diante dos resultados pífios na venda de ingressos e da falta de turistas. Para o Mundial no Brasil, prevê uma reforma na forma de organizar o evento.

Assim, a entidade voltará a vender ingressos diretamente aos torcedores, e não por meio de operadoras. A Fifa anunciou que vai dividir o Brasil em quatro regiões para evitar que, pelo menos nas primeiras fases, as equipes saiam dessas áreas. Isso permitirá que torcedores possam acompanhar as equipes sem cruzar o País.

"Temos de reconhecer que não funcionou a venda de ingressos para 2010 e que teremos de recomeçar tudo no Brasil", afirmou Jerome Valcke, secretário-geral da Fifa. A 111 dias do Mundial, 72% dos ingressos foram vendidos (2,1 milhões dos 2,9 milhões colocados à venda) e só oito jogos estão com as entradas esgotadas, entre eles Brasil x Portugal, na primeira fase. A Fifa admite os valores são suficientes só para cobrir custos e que a renda esperada está 50% abaixo do previsto.

Os sul-africanos, que planejavam receber 450 mil estrangeiros, não devem atingir esse número. Na Alemanha, 2 milhões de turistas viajaram às sedes da Copa de 2006. Outro problema foi a recessão de 2009. "Foi certamente o pior momento para vender ingressos", disse Valcke. Ontem, a Fifa não disfarçava o nervosismo com a situação do Mundial. "Temos de dizer a todos para irem à Copa. Agora é tarde demais para mudar", alertou o presidente da Fifa, Joseph Blatter.

O Estado obteve confirmações de que a Fifa pediu de volta os ingressos encalhados, que agora serão vendidos aos sul-africanos para tentar evitar estádios vazios. Também como medida de emergência, a entidade negocia com empresas aéreas, como a Emirates, para reduzir o preço de voos entre a Europa e a África do Sul, assim como entre Nova York e Johannesburgo, para tentar convencer mais torcedores a irem ao Mundial.



Fonte: Estadão
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