Eliminada do "Big Brother Brasil 10" no último dia 16, a professora de linguística Elenita Rodrigues viu seu nome envolto em uma grande polêmica após o apresentador e também ex-BBB Diego Alemão criticá-la no Twitter e dizer que os dois haviam batido boca durante uma entrevista ao programa "A Eliminação", que vai ao ar no Multishow.

Em entrevista à Folha Online, Elenita rebateu as críticas feitas por Alemão e afirmou que não houve bate-boca. "Nos bastidores, ele estava um pouco agressivo comigo, não sei se estava torcendo para outra pessoa ou se não foi muito com a minha cara, mas na hora da entrevista correu tudo normal", contou a ex-BBB.

"Acredito que se fosse um entrevistador com um pouco mais de experiência, teria tido uma postura diferente", completou Elenita, fazendo referência à Alemão, que na semana passada foi substituído no programa.

Frederico Rozario/TV Globo

Elenita se prepara para lançar dois livros, um de crônicas e outro com memórias do "BBB"

Enquanto não volta a lecionar, o que só acontece em agosto, quando acaba sua licença, Elenita se prepara para lançar o seu primeiro livro, "O Homem Ideal e Outras Conversas", que sairá por um selo carioca. Ela também pretende escrever um livro com memórias do reality show.

Entre um compromisso e outro na vida fora do "BBB", Elenita arruma tempo para acompanhar a repercussão do programa aqui fora, com a qual se diz espantada. "Tudo o que você fala ou faz é interpretado de uma maneira muito diferente, precisa tomar muito cuidado", disse.

"Aqui, se você acorda de cara amassada, acordou assim por que simplesmente não dormiu direito. Lá, se você acorda assim, é porque está tramando alguma coisa, ou porque está de ressaca, e por aí vai", explicou a professora.

Pela porta da frente

Na semana anterior à sua eliminação, Elenita ameaçou deixar o programa e quis abrir a porta que dá acesso ao lado de fora da casa, mas foi impedida por Cláudia --por quem está torcendo agora. Apesar de ter sido eliminada alguns dias depois, ela não se diz arrependida.

"Quando a gente sai de lá, fala muita bobagem. Aquele jogo enlouquece, a gente perde a noção da realidade. Eu cheguei a dizer que estava arrependida por não ter aberto a porta, mas quer saber? Não estou não", disse.

"No dia em que eu quis sair, depois de tentar abrir a porta, eu fui até o confessionário e conversei com um dos diretores, acho que era o Boninho, e ele me disse: 'você não entrou pela porta da frente? Então saia pela porta da frente'. E aí eu decidi ficar", contou.

"O 'Big Brother' me fez mais forte, porque descobri que era mais fraca do que imaginava. Reconhecer a sua fraqueza é a melhor maneira de se tornar mais forte. Lá, eu descobri forças que eu nem sabia que tinha. Conhecer os seus limites te dá a serenidade de dizer: 'não posso'", explicou.

Preconceito

Elenita se diz feliz por ter participado do "BBB10", pois acha que o programa é um marco na televisão brasileira.

"Eu sempre fui militante dos direitos civis dos homossexuais e nunca imaginei que veria uma drag queen na televisão como o Dicesar, um gay como o Serginho e mulher linda se assumindo como lésbica como a Angélica", disse Elenita.

"O Brasil é um país muito preconceituoso, e o 'Big Brother' está levantando esse debate. Eu acho que esse é o caminho para repensarmos a sociedade como é hoje. São as pequenas revoltas diárias", explicou a professora.

Elenita também comentou sobre Dourado, que foi criticado inúmeras vezes dentro e fora da casa por atitudes supostamente homofóbicas.

"O Dourado é extremamente inteligente e diplomático, mas acho que às vezes ele se trai. Dar declarações do tipo 'hétero não pega Aids', é de uma irresponsabilidade tamanha. Mesmo assim, o Dourado representa a briga que se instaurou dentro e fora da casa. Ele virou símbolo disso tudo", afirmou Elenita.




Fonte: Folha Online