Após mais de uma semana sobrevivendo com ajuda de sindicalistas, trabalhadores que saíram do Piauí com promessa de emprego e foram descartados pela empresa em Rondônia iniciaram a viagem de volta. Trinta e quatro homens do município de Madeiro, norte do Estado, estavam "presos" pela falta de dinheiro para voltar para casa, mas conseguiram embarcar na noite de sexta-feira com destino a Luzilâdia, de onde partiram para a aventura que não deu certo.
Dos 44 trabalhadores que embarcaram depois do Carnaval, três conseguiram recursos para voltar logo depois de chegarem em Porto Velho e receberem a notícia de que não seriam aproveitados. Os demais, passaram a noite de 25 de fevereiro ao relento, no terminal rodoviário, sem ter o que comer ou para onde ir, até receberem ajuda de sindicalistas e do Ministério Público.
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A viagem de volta estava prevista para quinta-feira, mas a empresa condenada pela Justiça do Trabalho a idenizar os piauienses trocou a passagem de ônibus por um veículo fretado, que levaria todos eles. Só depois de receberem os bilhetes, eles iniciaram a viagem de três a quatro dias. Sete continuam em Porto Velho depois de terem sido contratados por uma empresa para a construção de cinco prédios para a Aeronáutica.
O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil no Estado de Rondônia - SITCCERO -, que conseguiu alojamento e comida para os piauienses por mais de uma semana, comemorou o final da história, e lamentou que os demais preferissem voltar para casa mesmo com garantia de trabalho em outras empresas, apesar de compreender a situação. Os sindicalistas recomendam que os trabalhadores procurem o sindicato ou delegacia do Ministério do Trabalho em sua cidade antes de embarcarem em busca de emprego em outros Estados.
Fábio Lima
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