Policiais da regional de Paulistana, prenderam na noite da última quarta-feira (17) pai e filho com 15 armas municiadas em uma fazenda no município de Simões, em cima da serra do Araripe, na divisa do Piauí com Pernambuco. A ação visava prender um acusado por outro crime, mas acabou descobrindo o arsenal. Os acusados alegaram que o armamento teria sido obtido como pagamento pela venda de gado e agiotagem.

O delegado Edilberto Amorim, da regional de Paulistana, disse ao Cidadeverde.com que a ação foi focada para a prisão de outro homem, e o caso ainda é mantido sob sigilo. Policiais de Betânia do Piauí, Caridade, e Simões foram chamados para a ação. Informações levaram a equipe para a propriedade de Lourival Cecílio de Carvalho, o Lourinho de Otilha, 68 anos.

O próprio Lourinho de Otilha foi encontrado o na estrada, a 500 metros da fazenda. Ele negou conhecer a pessoa procurada e se ofereceu para ir com os policiais até a sua casa. Lá, foi encontrada uma espingarda. Quando perguntado sobre se possuia mais armas, o dono da propriedade teria ficado nervoso. Foram iniciadas as buscas.

Foram achadas 10 espingardas em bom estado de conservação, algumas de grosso calibre, e ainda cinco revólveres, além de munição para espingarda calibre 12 e revólver 38. Os armamentos estavam guardados embaixo da cama, no guarda-roupa, e outras partes da casa. Todas elas municiadas: prontas para atirar.

Com Lourinho de Otilha, foi preso em flagrante seu filho, José Lourival de Carvalho, o Dudé, 35 anos. Pai e filho alegaram que criam gado, e as armas foram negociadas com compradores que não tinham dinheiro. Além disso, eles seriam agiotas, e aceitavam receber armas em troca. O interesse seria a venda das mesmas, o que por si só já configura prática ilegal. O flagrante já foi encaminhado para o juiz da comarca de Simões. 

Edilberto Amorim continua em diligências para dar cumprimento ao mandado de prisão. Sem revelar detalhes do crime, o delegado acredita que pai e filho presos podem ter ajudado o procurado a fugir. DOis tiros foram disparados por terceiros quando os policiais se aproximavam do local, o que pode ter alertado o acusado.