Os alunos da Universidade Estadual do Piauí – Uespi do campus de Picos (a 340 quilômetros de Teresina) fizeram uma manifestação por falta de espaço físico para o início das aulas. Além reclamarem também da falta de biblioteca e laboratórios.
O protesto começou na praça Félix Pacheco, onde os alunos fizeram um apitaço e gritavam palavras de ordem com ajuda de um carro de som.
Foto:Riachaonet
De acordo com a acadêmica Fausta Novaes, os estudantes reivindicam estrutura, como salas de aula, biblioteca e laboratórios. “Queremos salas de aula, acesso para cadeirantes, biblioteca, resumindo, nós queremos estrutura e que a obra termine, as autoridades precisam tomar atitude em relação a UESPI”, diz.
A estudante Monise, do curso de Direito, teme os cursos não serem reconhecidos por parte do Ministério da Educação e Cultura. “As turmas de Direito, Letras, Educação Física e Biologia estão correndo o risco de não receberem diploma por conta do não reconhecimento destes cursos”.
“Como é que nós vamos ficar formados sem poder fazer o exame da ordem e sem receber a carteira da OAB? Nós estamos com a festa da nossa formatura organizada e se a obra não terminar em 60 dias, quando vamos nos formar e quem vai nos ressarcir?”, completa a acadêmica.
Outra universitária, Raimunda Soares, também critica a universidade. “A UESPI não oferece condição alguma, os nossos professores precisam comprar livros porque a biblioteca não os tem disponível. Nós entramos na universidade com um sonho e eles são todos destruídos porque não temos suporte”, disse a acadêmica do curso de Direito, Raimunda Soares.
Diretor da Uespi de Picos
O recém-empossado diretor da Uespi campus Picos, professor Valmir Barbosa, declarou ao Cidadeverde.com, que as obras no campus que sevem ser retomadas a qualquer momento, impossibilitam o início das aulas. Mas, que já estão sendo licitadas salas de aulas em diversos colégios da região para serem alugadas.
“No próprio campus, algumas salas podem ser utilizadas, mas outros cursos seriam prejudicados, por isso, estamos aguardando o processo burocrático [licitação] para não corrermos risco de ficar a margem da Lei, para contratar as salas de alguns colégios. Por isso, só nós vamos começar as aulas com todos os cursos funcionando, isso só será possível na segunda quinzena de abril”, explicou o professor Valmir.
O professor destacou também que há biblioteca, embora deficitária e uma parte do campus, mesmo com a reforma está funcionando. “Eu estou diretor desde sexta-feira à noite, o que me foi repassado é que estão sendo providenciadas o retorno da obra, mas não sei a data. Eu sou professor efetivo da Uespi [curso de Contabilidade], tenho um filho que estudo aqui. O meu maior desafio de ver a Uespi funcionando total é o que me motiva”, finalizou.
Da redação (Com informações do RiachãoNet)
