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Chuva causa morte de 95 no Rio e é vista como a pior dos últimos 40 anos

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O Rio de Janeiro registrou volume de chuva recorde para um único dia - o maior em pelo menos 44 anos -, causando estragos, deslizamentos e 96 mortes em vários locais da região metropolitana desde a noite de segunda até a tarde desta terça-feira (6).


As Zonas Oeste e Norte foram as mais atingidas, especialmente as regiões perto do Centro da capital carioca - só na cidade do Rio, o número de mortes chega a 35.




Bairros ficaram ilhados e sem energia. Há ainda registros de grandes volumes de água em toda a cidade, segundo o Instituto de Geotécnica do Município do Rio de Janeiro (Georio). Em outros municípios da região metropolitana, como Duque de Caxias, também ocorreram estragos.



Atualizada às 15h21min


De acordo com informações oficiais da Defesa Civil estadual e municipal, já são 81 os mortos em função das chuvas que atingem o Estado do Rio desde a tarde de segunda-feira. De acordo com os Bombeiros, são 36 feridos por causa da precipitação.





No morro do Borel, na Tijuca, a bebê Ana Marcele Barbosa, de cinco meses, uma jovem de 16 anos e Francisca Bezerra de Souza, 60 anos, morreram soterradas no desabamento da casa em que estavam. Outras 12 pessoas ficaram feridas.


No morro dos Macacos, em Vila Isabel, foram cinco vítimas fatais, todas de uma mesma família que morava na rua Senador Nabuco. Um deslizamento de terra causou mais cinco óbitos no Morro do Andaraí e outros três no Morro do Turano, ambos na zona norte. A tragédia também fez uma vítima no bairro de Jacarepaguá, na zona oeste.





A Defesa Civil contabilizou 12 mortos e 15 feridos no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa. O caos também se abateu sobre a Região Metropolitana. A prefeitura de Niterói informou que as mortes no município em decorrência do temporal já somam 14 pessoas. Em São Gonçalo, o número chega a nove. Segundo os bombeiros, muitos corpos ainda estão desaparecidos. Nilópolis, na Baixada Fluminense, registrou uma vítima. Em Petrópolis, na Região Serrana, houve a notificação de uma pessoa morta.


Prédio ameaça desabar
Um prédio de quatro andares na estrada do Rio Jequiá, na Ilha do Governador, corre risco de desabar. Bombeiros de várias unidades foram deslocados para o local.


Prefeito recomenda que evitem sair de casa
Em comunicado, o prefeito Eduardo Paes pediu que a população evite os grandes deslocamentos de pela cidade, principalmente em direção ao centro.


"A situação é de caos. Todas as vias estão interrompidas e é um risco enorme para quem tentar sair de casa. Não saiam de casa, não levem seu filho à escola até que possamos avaliar melhor a situação e alterar a orientação. Ainda chove muito. Se preservem e tomem muito cuidado, principalmente as pessoas que moram em áreas de risco. A situação é muito crítica", disse o prefeito.


Mais chuva
Segundo a Climatempo, a chuva ainda deve atingir o Rio. Uma forte frente fria avança pelo Sudeste do Brasil e o intenso contraste térmico entre o ar polar e o ar quente tropical mantém as condições de chuva constante. Além disso, a temperatura superficial das águas do Atlântico, perto do litoral fluminense, está cerca de 2°C acima do normal.





Em menos de 12 horas foram acumulados, em algumas áreas da cidade, cerca de 300 mm de chuva. No geral o volume acumulado variou entre 150 e 300 mm. O volume normal para todo o mês de abril é de cerca de 140 mm. Ainda chove de forma constante ao longo do dia de hoje, totalizando pelo menos cerca de 70 mm nesta terça-feira. Além disso, o mar sobe muito nas próximas 24-36 horas. Há previsão de ressaca entre esta quarta e quinta-feira.


Aeroportos
O aeroporto Santos Dumont, às 9h20, estava fechado para pousos e decolagens desde às 6h32 desta terça-feira. Às 9h, quando foi emitido o último boletim da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o aeroporto tinha dois voos atrasados - o equivalente a 5,6% do total de 36 - e 13 cancelados (36,1%). Em todo a manhã, foram quatro atrasos (11%).


De acordo com a Infraero, o Galeão, às 9h25, estava aberto e funcionava por instrumentos. A empresa registrava, também às 9h, seis atrasos (20% do total de 30 voos) e nenhum cancelado. Em todo o dia, até as 9h, foram 12 atrasos (40%).


Trens
A SuperVia afirmou nesta manhã que, devido às fortes chuvas que estão ocorrendo desde o fim da tarde de segunda, a circulação dos trens está alterada por medida de segurança.h Os trens do ramal Saracuruna não estavam circulando por volta das e 8h20 os trens das linhas Campo Grande, Bangu e Deodoro não fazem paradas nas estações Praça da Bandeira, São Cristóvão, Maracanã e Mangueira. Nos demais ramais (Japeri, Santa Cruz e Belford Roxo), a circulação registra atrasos médios de 10 minutos. Os passageiros estão sendo informados das alterações pelo sistema de som das estações.






O temporal e a dificuldade de locomoção nas ruas do Rio e Niterói comprometem a operação das Barcas S.A., já que parte da tripulação (comandantes, chefes de máquinas, marinheiros, amarradores de corda etc.) não está conseguindo chegar às estações da Praça XV, Niterói e Charitas. Dessa forma, em vez de 10 minutos, as partidas estão sendo feitas com intervalos de 20 minutos na linha Niterói-Praça XV. O trecho Charitas-Praça XV está inoperante.


Aulas suspensas
A Secretaria de Educação do Rio anunciou que os estabelecimentos de ensino da rede municipal devem suspender as aulas nesta terça-feira. A decisão se deve aos alagamentos causados pelo temporal de 13 horas que atingiu a cidade. A informação é da Globo News.




Ministério Público fechado
O Ministério Público (MP) suspendeu as atividades em todo o Estado devido à forte chuva que atinge o Rio de Janeiro.



Fonte: Terra

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