Leilane Nunes/Cidadeverde.com
A Polícia Federal do Piauí confirmou, durante coletiva, a prisão de oito pessoas nesta quinta-feira durante a operação Ekemona, desencadeada na manhã desta quinta-feira(22) em Teresina, São Luis-Ma e interior de Goiás. A operação serviu para desbaratar uma quadrilha que fraudava Imposto de Renda. O prejuízo chega a R$ 1,5 milhão de prejuízo à Caixa Econômica e a União.
A PF prendeu empresários, representantes de correspondentes bancários, ex-prestadores de serviço da Caixa Econômica, um policial militar e um ex-vereador da cidade de Manoel Emídio.
Foram cumpridos oito mandados de prisão preventiva, das pessoas que seriam consideradas as líderes da quadrilha e onze de busca e apreensão. A polícia apreendeu carros, computadores, notebooks, celular, talonários de cheques da Caixa Econômica do Paraná, cartões de créditos falsificados, dentre outros documentos.
A fraude chega R$ 1,5 milhão todo da Caixa Econômica, a quadrilha tem atuação no Piauí, Ceará, Maranhão, Pernambuco e Paraíba.
De acordo com o delegado de combate ao Crime Organizado da PF, Jandelyer Gomes, eles atuavam em quatro frentes: clonagem de cheques, empréstimos consignados em nome de servidores estaduais e federais, saques de imposto de renda e resgate precatórios.
“Eles preparavam declarações retificadoras de imposto de renda, em que eram incluídos muitos dados aumentando em muito os valores das restituições, algumas chegando a R$ 15mil. Eles usavam documentos autenticados conseguida durante roubo e também fornecida pelo ex-prestador de serviços da Caixa, que foi preso”, explicou.
As prisões ocorreram em Teresina, São Luis e no interior de Goiás. O delegado disse ainda que parte da documentação usada pela quadrilha é fruto de um furto ocorrida na Secretaria de Segurança do Piauí no ano passado.
O bando é suspeito ainda de ser responsável por três homicídios como queima de arquivo. A Polícia Federal já contabiliza a prisão de 18 membros desta quadrilha e as investigações apontam que há mais envolvidos, que agem desde 2009.
“Foram presos três líderes um central e dois que articulavam a quadrilha, as outras cinco prisões eram vinculados a eles, que proporcionavam as fraudes: obtinham as informações nos bancos e realizavam as fraudes. Dificilmente chegaríamos aos líderes em prisões nas agências, já que nunca compareciam, sempre usavam laranjas”, destacou o delegado.
As investigações começaram em janeiro e continuam já que ainda há integrantes envolvidos. Os presos ainda chegam na sede da PF no Piauí, já que ainda há equipes no Maranhão e em Goiás, conduzindo dois presos e mais materiais apreendidos.
Nome da operação
O delegado explicou ainda que o nome da operação foi retirado de informações da própria quadrilha, que se auto denominavam “Ekemone” – jovens ricos, já que possuem entre 25 e 32 anos e levantavam de R$ 15 a 20 mil em cada ação.
“Com o dinheiro eles costumavam proporcionar festas em cidades do Piauí e do Maranhão”, afirmou Janderlyer Gomes.
Os presos continuam na sede da PF até o final da tarde, onde prestam depoimentos, fazem acareações e são submetidos a outros procedimentos, antes de serem transferidos para a Casa de Custódia.
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Flash de Leilane Nunes (direto da PF )
Redação Caroline Oliveira
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22/04/10, 11:51