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Pacientes vão ocupar Karnak; 4 mil estão sem remédios excepcionais

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No Piauí, dos nove mil pacientes crônicos e excepcionais cadastrados, 4 mil e 500 estão sem medicamentos há quase um mês. A denúncia é da Associação dos Pacientes Renais Crônicos e Transplantados do Piauí.





Com a falta do remédio, os pacientes estão tendo crises, agravando as patologias e podem levar até a morte. O desespero das pessoas é que os remédios não são encontrados na farmácia tradicional. Só pode ser distribuído pelo governo. O custo do medicamento varia de R$ 20,00 até R$ 2,5 mil, dependendo da patologia.


Diante dessa situação, os pacientes resolveram fazer um panelaço na próxima quinta-feira, a partir das 10 horas, e pretendem invadir o Palácio de Karnak.

"Vamos ocupar o Karnak numa forma de protesto, pois vai ocorrer uma tragédia anunciada", afirma Ozias Lima.


“Meu telefone não para de tocar. Não consigo nem dormir. Existem pacientes que podem morrer se não tiverem o remédio. Há um risco maior para os transplantados que podem ter rejeição e ir a óbito”, desabafa Ozias.


Segundo o presidente, o Ministério da Saúde, repassa cerca de R$ 1 milhão por mês para o Piauí. Pelo acordo, o governo do Estado deve entrar com uma contrapartida, no entanto, desde o início do ano não vem honrando seu compromisso e causando a falta de medicamentos.


De acordo com a Associação, o governo acumula o débito de mais de  R$ 4 milhões junto aos fornecedores de Teresina.
 

“A suspensão do medicamento afeta mais de 45 patologias, entre elas, pacientes renais crônicos, transplantados, câncer e esquizofrênico,  que necessitam de medicamentos  de uso continuo”, disse.


Ação judicial


Segundo Ozias Lima, há um descaso da Justiça. Ele conta que a promotora Leida Diniz, que acompanha o caso, já ajuizou três ações civis pública e não tem uma resposta. “Ela já preparou até a quarta ação”, disse Ozias.



Flash Yala Sena
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