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Oferta de energia no Brasil ainda não é confiável, diz estudo do Ipea

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A confiabilidade do suprimento de energia no Brasil permanece insatisfatória e segue uma dinâmica preocupante de custo crescente, aponta estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta quinta-feira. Para o Ipea, a ausência de mecanismos que permitam aos agentes do mercado elétrico gerenciar seus riscos é a principal razão para o problema.





De acordo com o estudo "Setor elétrico: desafios e oportunidades", as dúvidas em relação ao setor energético colocam em risco a competitividade do parque industrial brasileiro de forma mais ampla, especialmente em setores intensivos em energia."Tradicional vantagem competitiva da economia brasileira, o suprimento elétrico tem desenvolvido trajetória de preços crescente e de confiabilidade declinante", segundo o estudo.


"Preços elevados para a eletricidade oneram a base da cadeia produtiva, inibindo investimentos que promovem ganhos de produtividade e garantem aumentos na renda da população."


O Ipea destaca que a entrada em operação de grandes centrais hidrelétricas na Amazônia --como as usinas do Rio Madeira e de Belo Monte-- deverá arrefecer o movimento de alta nos preços de energia no atacado. Ainda assim, a complementação por fonte térmica em períodos de estiagem acabará elevando os preços da energia contratada no mercado regulado, observou o Ipea.


"No horizonte previsível, o gás natural apresenta-se como a melhor fonte alternativa de combustível para o país desenvolver seu parque térmico... A estruturação de regras que permitam a gestão combinada dos reservatórios das hidrelétricas com os reservatórios de gás natural é essencial", afirmou o Ipea.


O instituto, ligado ao Ministério do Planejamento, minimiza o risco de esgotamento de fontes de energia hidrelétrica no Brasil e, diante disso, defende a adoção de políticas públicas direcionadas à essa matriz, que já é dominante no país, como meio de garantir a confiabilidade do suprimento e o aumento da sua competitividade.


Fonte: Reuters

 

 

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