Ao passar a presidência do Tribunal de Justiça na noite desta terça-feira (1º), o desembargador Raimundo Nonato Alencar declarou não existir caixa preta no Judiciário do Piauí. Ele deu lugar ao colega Edvaldo Moura, e também fez um resgate da inspeção do Conselho Nacional de Justiça, ressaltando que ninguém foi alvo de punição por supostas irregularidades.

Alencar lembrou que o TJ passou por rigorosa inspeção no início de sua gestão, "uma devassa completa [...] acontecimento inédito que se estendeu meses depois a quase todos os tribunais do país", declarou. "Isso criou uma expectativa e alguns torciam maldosamente para o surgimento de grandes irregularidades apuradas na inspeção", acrescentou. Segundo o desembargador, essas pessoas se frustraram.

"Até o momento, nenhum magistrado ou servidor da Justiça piauiense foi alvo de punição por parte do CNJ", disse Alencar.

O ex-presidente do TJ disse que todos os servidores recebem seus venciemntos e subsídios de acordo com a lei, "nem mais, nem menos", e afirmou ter feito uma gestão com o mote da administração para estruturar a Justiça piauiense, voltada para a preservação do dinheiro público, sem obra superfaturada, e com os pagamentos de precatórios executados rigorosamente dentro da orgem cronológica.

"A magistratura de primeiro e segundo grau tem melhorado significativamente seu desempenho. Não há caixas pretas e nem de qualquer outra cor a serem abertas", declarou. Ele destacou a realização de concurso público para 250 servidores, a convocação de 31 novos juízes, e a criação, informatização e estruturação de fóruns. Para ele, a grande obra do TJ não é física, e sim estrutural.

O desembargador ainda agradeceu aos que fazem o TJ/PI, em clima de Copa do Mundo. "Do protocolo ao plenário, de Cristalândia a Luís Correia, todos vestem a camisa do nosso Judiciário, atuando como time de futebol coeso que joga para ganhar", concluiu.

Alencar foi homenageado com uma comenda durante a posse, assim como o governador Wilson Martins, o ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes, o empresário João Claudino Fernandes, o presidente da Assembleia Legislativa, Themístocles Filho, o ministro aposentado do STJ, Vicente Leal de Araújo, e o novo presidente do TJ, Edvaldo Moura.