Cidadeverde.com

Edvaldo Moura dedica vitória no TJ ao pai e quer Justiça mais rápida

Imprimir
O novo presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador Edvaldo Moura, se emocionou na solenidade da noite desta terça-feira (1º) e chegou a chorar ao lembrar do pai e da trajetória humilde que teve ao longo da vida. Ele tomou posse com a presença de autoridades do Judiciário, Executivo e Legislativo do Estado.

Fotos: Yala Sena/Cidadeverde.com



Moura destacou sua vida humilde, criado em lar modesto, e lembrou de Oeiras, terra natal. "Cheguei à presidência desta casa trazido pelas mãos do destino", disse o novo presidente, afirmando que há 33 anos começou sua peregrinação, de certa forma até no ostracismo. "Foram 12 mil dias e noites de trabalho, de alegrias e tristezas, provações e vitórias".

Matérias relacionadas

O desembargador dedicou sua conquista ao pai José Francisco de Moura, um dos baluartes da Polícia do Piauí, que fez carreira militar e faleceu aos 84 anos em Teresina. O filho o descreveu como um homem de poucas letras, mas muita sabedoria. "Meu pai foi meu herói", falou.




Edvaldo Moura citou vários exemplos para mostrar que pessoas pobres podem crescer e ser alguém na vida, como o filho de mendigos Maurício Sully, que virou bispo de Paris e mandou construir a catedral de Notre Dame, entre outros religiosos, e até o jogador Pelé, rei do futebol, que mantém em sua mansão na cidade de Santos/SP uma redoma de cristal com a velha caixa de engraxate.


Ele revelou já ter sido vendedor de picolé, locutor de rádio, professor, investigador de polícia, e delegado de carreira, antes de ser juiz e desembargador, caminho que fez "degrau por degrau, sem pular por cima de ninguém, sem tergiversar". "Sei que nada mais irrita as criaturas vazias do que a vitória conquistada por aqueles que escreveram a sua própria história", declarou o desembargador, que começou a carreira na comarca de Parnaguá.



Judiciário
Como metas em sua gestão, o novo presidente quer melhorar a qualidade e rapidez das decisões, e aprimorar o aparato das políticas jurisdicionais. "Em tempos de globalização, não dá para agir com mentalidade provinciana", afirmou Edvaldo Moura, defendendo que só há Justiça com igualdade de oportunidades para as pessoas.

Edvaldo Moura elogiou o trabalho do seu antecessor, e destacou o projeto Justiça Itinerante, com mais de 400 mil atendimentos. "A administração dele tem a marca da decência, da ordem, e do exitoso trabalho, além da discrição, da transparência, da ética, e da lisura no trato dos poucos recursos orçamentários".





Corregedoria

A nova corregedora do TJ, desembargadora Eulália Maria Ribeiro Gonçalves do Nascimento, declarou em seu discurso que eventuais desvios de juízes serão rigorosamente apurados. Ela citou pesquisa nacional que indica baixa credibilidade do Judiciário a ser combatida: 70% da população não acredita na sua imparcialidade. A desembargadora destacou as dificuldades da Justiça, e disse que a corregedoria estará aberta não só para recebe reclamações, mas também buscar soluções para as comarcas.







Yala Sena (flash do TJ/PI)
Fábio Lima (Da Redação)
Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais