Pesquisa da Consultoria e Informações em Agronegócio (Agra FNP) aponta que nos últimos 36 meses (de maio/junho de 2007 a março/abril de 2010) a valorização média das terras chegou a 70,1%. Ainda segundo o estudo, a valorização se deu em decorrência da produção de soja e eucalipto na região Sul.





O Estado é acompanhado de Maranhão e Tocantins na formação da zona Mapito (nome formado pelas iniciais dos Estados) que vem se destacando na oferta de terras para plantio e instalação de indústrias.


Este impulso na valorização é percebido desde o ano de 2002. Nos últimos três anos, em média, o preço da terra no Brasil aumentou 42%, mais que a maior parte das aplicações financeiras.


Nos últimos 12 meses, por exemplo, o hectare no Maranhão valorizou, em média, 16,8% e, em alguns casos, chegou a 66,7%. Situação semelhante é a do oeste da Bahia, onde se concentram grandes propriedades com índice de produtividade mais alto do que o americano no caso da soja.





A Pesquisa aponta, ainda, que esses valores já tiveram altas maiores entre 2006 e 2007. Como os preços também são atrelados à cotação das commodities (produção de grãos), já não tem crescido na mesma proporção de outros tempos.


Mas aqueles que procuram opções mais promissoras e ainda com uma boa relação custo/benefício, como o grupo Mapito, podem começar a fazer as contas com o hectare custando a partir de R$ 100. Tudo depende das condições da terra (se é bruta, ou seja, sem nenhum tipo de benfeitoria, ou se já é preparada para o plantio) e dos benefícios nas proximidades (como estradas, distância dos portos).


Nova aposta
Além de culturas tradicionais, como soja, milho e algodão, tem crescido o investimento na cultura do eucalipto para reflorestamento. A Suzano Papel e Celulose, por exemplo, anunciou em março o plantio cerca de 145 milhões de mudas de eucalipto para suprir unidades de produção no Piauí e Maranhão.


Lívio Galeno
Com informações do Estadão
[email protected]