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Dilma em alta faz José Serra mirar eleitores de Marina Silva

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Começa na terça-feira (6) a campanha eleitoral autorizada por lei. A partir desse dia, os partidos estarão autorizados a trombetear seus candidatos nas ruas.

 

Os carros de som transitarão das 8h às 22h. A algaravia dos comícios poderá se estender até a meia-noite. Estará liberada também a campanha na internet.

 

Vão à disputa candidatos a governador, a deputado e a senador. Mas é a corrida pela cadeira de Lula a que vai monopolizar as atenções.

 

Tomada pelas pesquisas, a campanha presidencial será a mais apertada que o Brasil já assistiu.

 

Considerando-se os dados do último Datafolha, José Serra (39%) e Dilma Rousseff (38%) largam empatados.

 

Os comitês dividem a nova fase em dois ciclos: antes e depois do início da propaganda eletrônica, em 17 de agosto.

 

Nas últimas cinco eleições presidenciais, o candidato que chegou à etapa do rádio e da TV na dianteira das pesquisas venceu a parada.

 

Significa dizer que os próximos 45 dias serão cruciais para Serra e Dilma. Qualquer erro pode ser fatal.

 

Dilma leva sobre Serra uma vantagem. A curva da candidata petista nas pesquisas é ascendente. A do tucano, estacionária.

 

Algo que leva o Quartel General do petismo a acalentar o sonho de um triunfo já no primeiro turno.

 

A partir da segunda quinzena de julho, será inoculada na campanha de Dilma uma superdosagem de Lula.

 

Em combinação com a assessoria do cabo-eleitoral, o comitê da candidata monta a agenda de comícios.

 

Dono de popularidade lunar (78%), o presidente irá aos palanques fora do expediente –à noite e nos finais de semana. Correrá o país.   

 

O Datafolha informa que, entre os eleitores que aprovam o governo, 25% ainda não sabem que Dilma é a candidata de Lula.

 

Vem daí, sobretudo, a expectativa do petismo, só confessada em privado, de uma vitória no primeiro round.

 

Para evitar o pior, os operadores de Serra incluíram nos planos de julho algo que havia sido programado para mais adiante.

 

O tucanato fará a corte ao eleitorado de Marina Silva. Segundo o Datafolha, a presidenciável do PV coleciona, por ora, 10% das intenções de voto.

 

Para não melindrar Marina, potencial aliada de segundo turno, o PSDB não admite. Mas, na prática, trama o chamado “voto útil”.

 

O discurso ambiental vai pingar dos lábios de Serra com frequência crescente. Busca-se seduzir já um naco dos cerca de 13 milhões de votos de Marina.

 

Estima-se que, num cenário de contas miúdas, o eleitor da senadora verde pode ser a folha que fará a balança pender para um dos lados.

 

De resto, Serra confia que prevalecerá sobre Dilma nos debates. Haverá cinco deles até outubro.

 

“A oposição vai quebrar a cara”, disse ao repórter Cândido Vaccarezza (PT-SP), líder de Lula na Câmara. “A Dilma está afiada. E o Serra não tem discurso”.

 

Os operadores de Dilma se dizem convencidos de que ela chegará a agosto à frente de Serra. Aliás, acham que a candidata já lidera.

 

O PT descrê dos números do Datafolha. Para Vaccarezza, a pesquisa do instituto carrega uma distorção nos números da região Sul.

 

Nesse pedaço do mapa, segundo o Datafolha, Serra cresceu de 38% para 50% entre maio e junho. “Ele não tem 50% no Sul”, duvida Vaccarezza.

 

O deputado diz que, corrigida essa “distorção estatística”, o Datafolha aproxima-se do Ibope e do Vox Populi, que atribuem a Dilma 40%, contra 35% de Serra.

 

Seja como for, as últimas pesquisas refletem a imagem do retrovisor, esculpida pelos erros e acertos do período de pré-campanha.

 

Importa agora o para-brisa. Interessa saber qual dos dois candidatos será capaz de conduzir a respectiva campanha, sem derrapagens, até a cercania das urnas.


Fonte: Uol

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