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Marina inaugura comitê no Piauí e se choca com violência em Teresina

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Ao inaugurar a Casa de Marina em Teresina, a candidata do PV à Presidência, Marina Silva, destacou que é preciso "fazer um constrangimento ético", mostrar que é possível agir sem precisar do poder público. Já existem mais de 100 Casas de Marina em todo o Brasil. A de Teresina fica na Vila Monte Alegre, rua 02, nº 1741, na Santa Maria da Codipi.


"O povo faz isso para não se constranger eticamente. É muito bom quando a sociedade constrange eticamente o poder público e os políticos. Isso se chama constrangimento ético, mostrar que é possível fazer", declarou.


Fotos:Yala Sena/Cidadeverde.com



A Casa de Marina fica situada na residência do pastor evangélico Antônio Nogueira dos Santos, 32 anos, conhecido como Pastor Marreiros, casado com Márcia Regina dos Santos, copeira, 34 anos. As casas são comitês voluntários, que ajudam a difundir a campanha da candidata.


Marina disse que ficou chocada com relatos de violência que ouviu de moradores da região. A candidata ao governo Teresa Britto (PV) informou à Marina que uma agente de saúde foi violentada e estrangulada na região.


A candidata foi recebida na Casa pelo pastor Marreiros e a esposa, que ofereceram uma broa com café, mas Marina agradeceu e disse que não poderia comer nenhum tipo de alimento com açúcar e nem com cafeína.





Sentada à mesa com os donos da casa e comitiva, Marina perguntou qual é o problema mais grave da região ao pastor. Ele respondeu que era a falta de saneamento e de segurança. "As pessoas vivem doentes por causa da poeira. Não existe esgoto", declarou Marreiros.


O pastor contou ainda que os moradores vivem sob grades e que "os bandidos deveriam ser presos, mas quem ficam presas são as famílias". Ela perguntou se o crack já havia chegado à região. Ele respondeu que sim e falou sobre um trabalho voluntário que faz com 100 crianças em escola de reforço.


Enquanto ouvia o relato, um policial da reserva, Victor Galdino Ferreira, conhecido como Cabo Victor, disse que queria contar a história de sua filha, a professora Vilma da Cruz Ferreira, 32 anos, assassinada pelo ex-marido no dia 08 de outubro de 2004. Ele está solto desde então e ainda recebe a pensão da esposa, de R$ 730. Marina regiu dizendo: "Meu Deus, ele mata e ainda fica com a pensão dela?".





Ela informou que já ficou sabendo do assassinato de 22 mulheres em Crato (CE).


Ao final da visita na casa, o pastor declarou à candidata que era uma honra e que estava muito nervoso com a presença dela. Ele disse que o comitê vai ajudar as pessoas a conhecerem a sua história e saber por exemplo que Marina é uma das 50 mulheres do mundo que podem salvar a Mata Atlântica.


Ela fez uma fala junto aos moradores e vizinhos da casa e colocou que há uma metalidade errada de que "por ser povo e simples não tem cabeça". Ela dá exemplo de que certa vez foi chamada de "abestada", quando era empregada doméstica. Ela conta estava na sala ouvindo um segredo de família e deles disse que não seria bom falar na frente dela. Outra disse que não precisava se preocupar porque ela era abestada.


Após a inauguração, Marina seguiu para o Centro Artesanal, onde se reúne com lideranças do partido.


Irritação


Ao chegar ao Centro Artesanal, Marina se irritou com o atraso de um cerimonialista. Ela iria conceder entrevista para a imprensa e foi informada de que o evento estava atrasado, que as pessoas já estavam esperando desde as 07h30. Ela disse qua daria entrevista depois e quando entrou no auditório, soube que o cerimonialista José Francisco não havia chegado ainda. Isso irritou a candidata, que disse que poderia estar atendendo a imprensa. A candidata Teresa Britto tomou a frente e iniciou o cerimonial.


Atualizada às 10h38


Flash de Yala Sena (direto do local)
Redação de Leilane Nunes
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