O clima tenso levou o procurador geral eleitoral Marco Aurélio Adão a solicitar que a superintendência da Polícia Federal enviasse uma equipe para investigar a denúncia de compra de votos por parte da candidata Maria do Espírito Santo (PMDB) e do atual prefeito, Francisco Pereira da Silva (PMDB), na cidade de Isaías Coelho. A eleição suplementar do município ocorre hoje, assim como em Nossa Senhora dos Remédios.
As polícias Federal e Civil apuram a denúncia. Segundo o agente Flávio Armando de Carvalho, de plantão na delegacia local, a denúncia foi feita por partidários da oposição. O policial, que esteve no local onde o carro foi encontrado abandonado, relatou que haviam maços de dinheiro, em notas de R$ 50 e R$ 20.
"O carro estava abandonado no povoado. Eu verifiquei e encontrei bolos de dinheiro. Eram notas de R$ 50 e R$ 20. Alguns desses bolos estavam debaixo do tapete do lado do motorista, soltos, como se já tivessem sido mexidos, possivelmente distribuídas algumas notas. Tinham também santinhos da candidata, documentos da prefeitura e uma lista, possivelmente com nomes de eleitores", declarou o agente.
Reforçam a segurança no município as polícias civil, militar (RONE E BOPE) e federal. Ainda segundo o agente, a todo instante chegam denúncias, que são averiguadas pelos policiais. Os delegados estão em campo, garantindo a segurança do pleito. A equipe da polícia federal é composta por quatro pessoas. Hoje ninguém foi detido.
Provas foram plantadas
O advogado que defende a candidata Maria do Espírito Santo, Claudí Pinheiro de Araújo, declarou que as provas podem ter sido plantadas. Segundo o advogado, seis motoqueiros seguiam o prefeito no momento da ação. Um deles seria filho do candidato Valdemar Mauri Filho (PMDB).
"O prefeito relatou no depoimento à Polícia Federal que ia para casa, no povoado Canabrava, e resolveu parar na casa de um amigo no caminho. Ele não percebeu que estava sendo seguido e parou normalmente na frente da casa desse amigo. Quando percebeu, o carro havia sido aberto. Ele desconhece esses valores que foram encontrados lá, bem como os documentos. Para ele, as provas foram plantadas no carro. Solicitamos que fosse feita uma perícia para verificar as impressões digitais dentro e fora do veículo", relatou o advogado.
O candidato Valdemar Mauri Filho não foi encontrado para comentar o caso.
A investigação será retomada após a eleição e está sob o comando da equipe da Polícia Federal.
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Leilane Nunes
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