Michael Schumacher admitiu nesta segunda-feira (2) que o movimento para cima de Rubens Barrichello durante o GP da Hungria foi muito pesado e usou seu site oficial para pedir publicamente desculpas ao brasileiro. O alemão também concordou com a punição dada pelos comissários da prova — Schumacher perderá dez posições no grid da próxima etapa, em Spa.

O heptacampeão, que fechou Barrichello em direção ao muro da reta principal de Hungaroring, disse que queria dificultar a ultrapassagem de Rubens e que de maneira alguma quis colocar o brasileiro em perigo.

“Ontem, após a corrida, eu estava no calor do momento, mas depois que eu assisti ao incidente com Rubens novamente, devo dizer que os comissários estavam certos em sua avaliação: o movimento contra ele foi muito pesado”, declarou Schumacher.

“Eu queria dificultar a ultrapassagem. Claramente mostrei a ele que eu não queria deixá-lo passar, mas... Eu não queria colocá-lo em perigo com meu movimento. Se ele acha que sim, então eu sinto muito, essa não foi minha intenção”, concluiu.

No fim do GP da Hungria, Barrichello estava com pneus novos e chegou rapidamente em Schumacher, de pneus gastos, para disputar a décima posição. Rubens passou algumas voltas atrás do alemão e começou a reclamar via rádio de sua postura. A cinco giros do fim, conseguiu entrar colado na reta principal de Hungaroring para executar a ultrapassagem. Foi espremido no muro interno. Barrichello definiu a manobra como "horrenda" e disse que Schumacher era "louco".

Barrichello e Schumacher trazem essa rivalidade desde os tempos em que eram companheiros de equipe na Ferrari. O brasileiro utilizou recentemente o que aconteceu com Felipe Massa e Fernando Alonso para justificar sua saída da equipe italiana. Massa recebeu ordens do time para deixar Alonso passar e vencer, no GP da Alemanha desse ano. Em 2002, na Áustria, Rubens teve de fazer o mesmo para que Schumacher ganhasse aquela prova.


Fonte: IG