Um grupo de pelo menos seis pessoas teve de ficar em Teresina mais horas do que o previsto. Na tarde deste domingo (8), eles chegaram ao aeroporto Petrônio Portella para embarcarem em um voo da TAM para Brasília, mas teriam sido informados de que o mesmo estava lotado. A prática do overbooking é irregular, e conta com uma série de medidas que devem ser tomadas, como hospedagem e alimentação para o cliente. Mas nada que faça o relógio atrasar para seus compromissos.

A arquiteta da informação Sabine Araújo passou o fim de semana com o namorado, o jornalista Pedro Jansen, em Teresina e pretendia voltar para São Paulo hoje. Os dois foram informados por um funcionário que estavam atrasados e não poderiam embarcar. Depois, a informação repassada foi de que o voo estava lotado.

A alegação de atraso não bate com a isenção da taxa de remarcação para o casal, que ainda ganhou um voucher de R$ 300 por passagem, para ser descontado no prazo de um ano em compras na companhia aérea. A compensação está prevista no site da Infraero para casos de overbooking. Sabine e Pedro embarcarão no horário que queriam desembarcar: 0h30. E só chegarão em São Paulo 8h50, em função das escalas. 

O economista Erick Elysio havia comprado passagem em julho. Perdeu o voo para Brasília, onde mora, e só conseguirá viajar na manhã de segunda-feira. "Muitas pessoas reclamaram. Tem gente que comprou passagem em maio, que perdeu conexão e vai ter que esperar horas em Fortaleza. Eu pensei que overbooking não existia mais no Brasil", descreve. Ele garante ter chegado cedo para fazer o check-in e também recebeu um voucher de R$ 300.

O Cidadeverde.com procurou a Infraero em Teresina, que declarou não ter recebido reclamações de overbooking e desconhecer o fato. O procedimento para o passageiro, caso o mesmo não entre em acordo com a empresa, é registrar queixa por escrito. A reportagem não conseguiu falar com a TAM no aeroporto Petrônio Portella.