Cidadeverde.com

Vinte mil crianças ainda precisam de vacina contra a pólio na capital

Imprimir
Cerca de 20 mil crianças menores de cinco anos em Teresina ainda não foram imunizadas contra a paralisia infantil nesta segunda etapa da campanha de vacinação contra a poliomielite que se encerra no dia 31 deste mês. A Fundação Municipal de Saúde (FMS), da Prefeitura de Teresina, apela aos pais ou responsáveis para que levem essas crianças aos postos de vacinação mais próximos de sua residência para protegê-las da doença, que vem assustando o mundo.

“A vacinação dessas crianças é também uma demonstração de amor que os pais devem manifestar em relação aos seus filhos porque é um ato que denota sentimento de preocupação com a proteção daqueles que estão mais vulneráveis a essa doença”, declara a coordenadora de Ações Assistenciais da FMS, médica Amariles Borba. “O vírus selvagem da pólio continua a circular no mundo procurando falhas em nossa defesa, que deve ser resguardada com forte cobertura vacinal”, alerta.

Conforme último boletim divulgado pela Gerência de Epidemiologia da FMS, até dia 20, última sexta-feira, 49.543 crianças haviam sido vacinadas em Teresina, o que corresponde a 70,96% das 69.816 que precisam ser imunizadas, mas a meta do Ministério da Saúde é um percentual de 95%. “Não há necessidade de nenhum esforço, basta levar a criança em uma das 80 unidades de saúde do município para tomar a vacina e sempre há um posto em um bairro ou em uma comunidade e a vacina é de graça”, reforça Amariles Borba.

A poliomielite ainda é considerada endêmica pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em vários países, a exemplo da Nigéria, Índia, Afeganistão, Tadjquistão, Paquistão, Congo, Angola, entre outros. Como é crescente o número de pessoas que se deslocam diariamente para áreas endêmicas e voltam ao seu país de origem, o risco de reintrodução da poliomielite é real e já vem ocorrendo em várias nações, preocupando as autoridades sanitárias. De acordo com a OMS, a doença vem se reintroduzindo, desde 2003, por meio de casos importados, em 25 países de onde fora anteriormente eliminada e o Brasil corre esse risco.

No Continente Americano, o último caso de poliomielite paralítica causado pelo poliovírus selvagem ocorreu no Peru, em agosto de 1991. No Brasil, o último caso com o vírus selvagem foi registrado em 1989. No entanto, o risco de reintrodução do poliovírus selvagem em países de onde a doença já foi eliminada torna necessária a vigilância continuada através das campanhas de vacinação e programas de imunização.

“Isso só respalda a nossa preocupação em relação a essa doença, cujo vírus está se deslocando e se multiplicando rapidamente porque está encontrando ambientes que lhe favorecem a proliferação e esses ambientes são justamente os locais sem uma cobertura de vacinação eficiente. Em nosso caso, essa proteção só depende agora da boa vontade e da conscientização dos pais”, assinala Amariles Borba. 
Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais