Em entrevista no Jornal Cidade Verde desta terça-feira (24), o senador João Vicente Claudino (PTB), candidato ao governo do Piauí, defendeu proposta nacional de 14º salário para os professores, e demonstrou preocupação com a participação política dos piauienses, citando números da última pesquisa Captavox sobre o assunto. Quase 64% dos piauienses tem pouco ou nenhum interesse no horário eleitoral gratuito no rádio e televisão.

"As próprias pesquisas mostram um dado preocupante: 60% da população não têm interesse por política. Isso é muito ruim. Acho que ainda não passamos para a população o real papel do político", disse o candidato, perguntado sobre a ausência em debates promovidos por entidades e veículos de comunicação. João Vicente tem optado por visitar eleitores. "A estratégia é trabalho. Temos percorrido o Piauí todo e fomos bem recebidos pela população", acrescentou.

Perguntado por uma telespectadora sobre reajuste de salários dos professores, JVC disse ser preciso remunerar bem todos os profissionais do Estado. Na Educação, ele defende valorização, qualificação, especialização e remuneração melhores para motivar os docentes, além de modernizar as escolas públicas e estimular que o aluno vá até elas. Além disso, mencionou projeto que defende no Congresso Nacional de criação do 14º salário para professores.

Entre suas propostas, João Vicente quer regionalizar a gestão com coordenadores de orçamento diretamente ligados ao governo, para valorizar as vocações naturais de cada canto do Piauí. Segundo ele, o projeto de criação do Estado do Gurgueia só existe por anos de descompromissos com projetos na região Sul. 

Nas perguntas dos telespectadores, João Vicente Claudino defendeu propostas para os jovens em diversos setores. Ao falar de segurança, disse que quer aproximar a polícia da comunidade, e fortalecer ações sociais para diminuir as desigualdades, como projetos de esporte e cultura, que dêem oportunidade para a juventude. 

Além disso, mencionou dois projetos para dar emprego. O Piauí Trabalhador visa qualificar o jovem de forma mais eficiente que o Pró Jovem, adaptando algumas questões para a realidade local. Já o Acreditar quer unir os três últimos semestres da vida universitária com os dois primeiros anos em empresas privadas, criando um novo modelo de estádio. "Hoje vejo muito jovem caminhando o Piauí, que sai da universidade, tem diploma, está desempregado e ainda tem o Fies (programa de financiamento estudantil) para pagar", comentou.