Uma professora de Anísio de Abreu foi à polícia alegando ter sido agredida pelo motorista do prefeito Carlos Augusto Antunes da Silva, o Gustão (PMDB), eleito em pleito suplementar no início do mês. Auricélia Nunes Borges sofreu ferimentos superficiais no peito quando tentaram lhe tomar o telefone celular guardado na blusa. A denunciante afirma ser a mesma pessoa que levou ao Ministério Público testemunhas da investigação da suposta compra de votos na cidade.

"Ele colocou o motorista dele para tomar um celular que estava na minha mão, porque eles estavam com uma pessoa dentro do carro e acharam que eu tinha gravado alguma coisa", disse Auricélia. Ela afirmou que uma mulher estava no veículo e teve seu rosto coberto. A jovem não conseguiu identificar tal pessoa e não sabe o motivo para escondê-la. O incidente foi em frente ao CTN Clube.

Auricélia acredita que Gustão tenha achado que a mesma gravou algo no celular, e por isso mandou o motorista, identificado como Ricardo, tomar o aparelho. Ela ainda relatou no boletim de ocorrência que seguiu os agressores e acabou indo para a casa de seu sogro, onde o prefeito teria aparecido e a ameaçado de prisão.

O delegado José João Pereira Filho, o J.J., informou ao Cidadeverde.com que foi registrado Termo Circunstânciado de Ocorrência - TCO -, para apuração de crimes de menor porte. Ele informou que irá se dirigir nesta quarta-feira para Anísio de Abreu, onde pretende ouvir os acusados. 

Enquanto isso, Auricélia deverá prestar depoimento em São Raimundo Nonato na investigação de compra de votos. Ela afirma ter descoberto que três pessoas venderam voto para o então candidato, e decidiu levar as mesmas ao Ministério Público. 

O Cidadeverde.com tentou ouvir o prefeito nesta tarde, mas seu telefone celular estava na caixa postal. Em sua casa, a reportagem foi informada que o mesmo tinha ido a São Raimundo Nonato.