O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Piauí - CREA/PI - planeja estudar cerca de 15 pontos com risco de afundamentos em terrenos de Teresina. O presidente do conselho, José Borges de Sousa Araújo, disse que a entidade está preocupada com o número, especialmente no trecho que entre os rios Parnaíba e Poti, onde ocorreram dois sinistros em 10 anos. 

O assunto será motivo de discussão na 14ª Feira e Congresso Internacional de Engenharia e Arquitetura - Fecon. Um pós-doutor em Geofísica da Universidade Federal do Ceará, um especialista do Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT -, e um técnico do Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM - do Rio de Janeiro, foram convidados para discutir o tema entre 19 e 22 de outubro, em Teresina. 

José Borges diz que o CREA não quer alarmar a população de Teresina, mas vê com preocupação a questão do afundamento, tendo em vista o histórico na cidade. Ele lembra os incidentes em 1999 na rua Simplício Mendes, Centro/Sul da capital, e em 2008 na rua Francisco Mendes, bairro Cabral, zona Norte. Nos dois casos, a perfuração de poços em regiões de cavernas subterrâneas podem ter sido determinantes.

O CREA fará estudos para detectar o que pode provocar os afundamentos. Além disso, em novembro, o conselho realizará vistoria nas 20 maiores barragens do Piauí.