O governador do Piauí e candidato a reeleição, Wilson Martins (PSB), foi proibido pela justiça eleitoral de enviar correspondências sobre o programa “Minha Casa, Minha Vida”. O chefe do poder executivo estadual está sendo acusado de usar o programa para promoção em favor de sua candidatura.

A decisão foi do desembargador Haroldo Oliveira Rehem do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. A ação foi impetrada pelo adversário do governador, o candidato ao governo do Estado, José Avelar Pereira Costa (PSL).  O juiz veda a divulgação da carta na campanha do primeiro turno e em um eventual segundo turno. Para o juiz, a ação caracteriza “abuso de poder político e de autoridade”.

A carta convocatória enviada aos mutuários pela Agência de Desenvolvimento Habitacional (ADH) gerou polêmica, pois é assinada em letras maiúsculas e em negrito com o nome do governador Wilson Martins. O documento pede que o mutuário faça um cadastramento na Secretaria Municipal de Assistência Social de Teresina para receber a casa própria avaliada em R$ 37 mil.

Outro lado

A diretora da Agência de Desenvolvimento Habitacional, Ana Lúcia Gonçalves Sousa, nega favorecimento eleitoral e admite que houve um erro na carta enviada aos mutuários. Ao escrever Residencial Wilson Martins Filho, conjunto habitacional que homenageia o filho do governador morto em acidente aos 20 anos em 2008, o documento excluiu “Filho” e ficou apenas Wilson Martins, numa referência ao governador.

“Foi um equivoco. Um erro e não há nada direcionado para as eleições”, garante Ana Lúcia. Ela informou ainda que foram enviadas 1.038 correspondências para os conjuntos habitacionais Sigefredo Pacheco I e I e o residencial Wilson Martins Filho.

O advogado do governador, William Guimarães, recorreu da decisão, garantindo que não existe ilegalidade. Segundo William Guimarães, o envio da correspondência é uma recomendação da própria Caixa Econômica Federal.  No Piauí, mais de 50 mil mutuários foram beneficiados com “Minha Casa, Minha Vida”.

Flash Yala Sena
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