O cineasta John McTiernan, 59, diretor da filmes como "Duro de Matar" (1988) e "Predador" (1987), foi condenado hoje a um ano de prisão devido à sua participação em um caso de escutas ilegais e de corrupção, segundo a revista "Variety".

O juiz ordenou ainda que o diretor pague uma multa de US$ 100 mil (R$ 170 mil). Ele também ficará três anos sob liberdade condicional depois de cumprir sua sentença na prisão.

McTiernan havia sido libertado sob fiança na pendência de um recurso.

Nick Ut - 17.abr.2006/AP

John McTiernan foi sentenciado nesta segunda-feira a um ano de prisão

Ele está envolvido num caso de escutas ilegais feitas pelo detetive Anthony Pellicano --condenado em dezembro de 2008 a 15 anos de prisão por conspiração. Segundo os promotores, McTiernan pagou a Pellicano US$ 50 mil para a verificação do telefone do produtor Charles Roven, que trabalhou com ele em "Rollerball" (2002).

Em julho, McTiernan se declarou culpado sobre mentir a agentes do FBI e por ter cometido perjúrio quando disse, em 2006, não saber que suas conversas com Roven eram gravadas pelo detetive.

O juiz Dale Fischer rejeitou os argumentos da defesa alegando que o cineasta americano já havia cumprido sua punição com a perda de receitas e de danos à sua reputação que o caso teve origem. Ironicamente, o filme mais recente de McTiernan foi traduzido no Brasil como "Violação de Conduta" (2003) e tem no elenco John Travolta e Samuel L. Jackson. Entre seus outros trabalhos são "A Caçada ao Outubro Vermelho" (1990) e "O Último Grande Herói" (1993).

Fonte: Folha Online