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Maria Bethânia "implora" a Dilma por atenção à educação

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Durante uma entrevista coletiva nesta sexta (5) para lançar seu novo DVD, "Amor Festa Devoção", Maria Bethânia, que fez campanha para Marina Silva (PV), "implorou" que a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) priorize a educação em seu mandato.


"Quero que Deus a ajude para que ela consiga fazer um bom governo para o Brasil. Um governo no qual a educação tenha alguma prioridade. Eu imploro isso. Seria muito bom para o Brasil", disse a cantora na sede de sua gravadora, a Biscoito Fino, na zona sul do Rio.

Daryan Dornelles/Folhapress
A cantora baiana Maria Bethânia


Bethânia exaltou sua candidata a presidente, a mesma do irmão Caetano Veloso. Já a mãe, dona Canô, 103, declarou voto em Dilma.


"Acho Marina uma novidade real para o Brasil. Ela tem uma luz, uma voz que sai da floresta... É assustador como ela levanta a gente com o olhar. Fiquei muito feliz de ver uma moça que vem do Acre com um pensamento muito saudável para o Brasil", afirmou.


Registro de seu último show, com 42 faixas, "Amor Festa Devoção" foi lançado por Bethânia juntamente com "Capoeira de Besouro", de Paulo César Pinheiro, CD do selo Quitanda, da cantora. O disco é a trilha da peça "Besouro Coração de Ouro", que o compositor escreveu, estreou em 2006 e que ainda tem apresentações pelo país.


O espetáculo conta a história de Manoel Henrique Pereira, o Besouro, mito maior da capoeira, nascido no final do século 19 em Santo Amaro da Purificação, cidade natal de Bethânia. O pai da intérprete baiana conheceu Besouro.


"É um disco único. Eu fui premiada por poder lançá-lo. É a cara da Quitanda, voltada para esse Brasil caboclo, menos urbano, menos sofisticado, do interior", afirmou ela.


Entre os exemplos desse Brasil "menor" estão as modas de viola, sempre exaltadas pela cantora. Mas ela diz ver "com carinho, não com repulsa" o sertanejo hegemônico hoje, de duplas como Zezé Di Camargo & Luciano --de cujo repertório gravou "É o Amor"-- e Chitãozinho & Xororó.


"Mas não é essa [música sertaneja] que me comove. Gosto da caipira mesmo, interiorana, dos violeiros que ficam tocando na roça, falando da sua luazinha, do seu ranchinho. O mundo está ficando grande demais, e eu fico tentando diminuir", disse




Fonte: Folha Online
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