O técnico Bernardinho resolveu explicar nesta terça-feira o que realmente falou à revista Alfa. Segundo a publicação, o treinador teria admitido que o Brasil perdeu propositalmente o jogo para a Bulgária na segunda fase do Mundial masculino de vôlei. Bernardinho, porém, negou que a seleção tenha entregado a partida.
Dois de outubro, segunda fase do Mundial masculino de vôlei. Brasil e Bulgária fazem um jogo feio, e os europeus vencem facilmente por 3 sets a 0. O público italiano em Ancona vaia, e a torcida brasileira fica sem entender nada em casa.
Um mês depois, Bernardinho teria admitido: o Brasil entrou para perder. É o que diz a revista Alfa, que publicará entrevista com o treinador em revista que chega às bancas nesta sexta-feira. Bernardinho teria revelado que escalou o time com a intenção de perder.
Durante participação no programa Bate-Bola da ESPN, o técnico afirmou que o fato de ter falado em vergonha na entrevista à revista não foi por ter combinado que a equipe deveria perder a partida.
“Nunca admiti nada, porque não aconteceu, não houve premeditação”, salientou Bernardinho nesta tarde, reclamando que a Alfa não foi fiel ao combinado com ele. “Houve a promessa de uma matéria grande, de três horas de reportagem, mas acho que depois a matéria caiu [jargão do jornalismo] e eles estão colocando uma pequena parte que fica mal situada”.
Bernardinho, no entanto, reconheceu que o time fez uma péssima partida e que os atletas não estavam motivados, já que vencer a Bulgária levaria o Brasil a uma chave mais difícil na terceira fase e obrigaria a seleção a fazer uma viagem a mais na Itália. Os atletas estariam insatisfeitos com os constantes problemas encontrados na Itália, sobretudo o fato de o regulamento privilegiar a seleção anfitriã.
“Havia um crescente sentimento de revolta pelo que acontecia contra o Brasil. E como extrair 100% de um jogador quando ele vem com um sentimento de indignação tão grande?”, afirmou o técnico, repetindo que, antes do jogo, um dos atletas búlgaros avisou ao capitão Giba que sua equipe entregaria a partida. “Quando ele veio comunicar isso, aumentou a nossa revolta”.
Apesar da falta de vontade dos atletas em quadra, Bernardinho fez questão de assumir a responsabilidade pela derrota. “Eu assumo a responsabilidade por ter poupado jogadores e ter colocado um time descaracterizado”, comentou, lembrando que escalou o oposto reserva Théo no lugar do levantador Bruninho, que estava gripado. “Eu não soube administrar aquela situação e fazer com que os jogadores se focassem. Isso se refletiu num time apático, errático, que não é a nossa característica”.
Lembrando palavras de Giba após o jogo contra a Bulgária, Bernardinho reiterou que a derrota foi uma mancha na carreira de todos. “É uma mancha porque um time campeão como o Brasil ser vaiado é um grande constrangimento. As minhas desculpas são em relação às pessoas que foram ao ginásio ver um Brasil vencedor e viram um time jogando mal, descaracterizado”.
Fonte: Uol
Dois de outubro, segunda fase do Mundial masculino de vôlei. Brasil e Bulgária fazem um jogo feio, e os europeus vencem facilmente por 3 sets a 0. O público italiano em Ancona vaia, e a torcida brasileira fica sem entender nada em casa.
Um mês depois, Bernardinho teria admitido: o Brasil entrou para perder. É o que diz a revista Alfa, que publicará entrevista com o treinador em revista que chega às bancas nesta sexta-feira. Bernardinho teria revelado que escalou o time com a intenção de perder.
Durante participação no programa Bate-Bola da ESPN, o técnico afirmou que o fato de ter falado em vergonha na entrevista à revista não foi por ter combinado que a equipe deveria perder a partida.
“Nunca admiti nada, porque não aconteceu, não houve premeditação”, salientou Bernardinho nesta tarde, reclamando que a Alfa não foi fiel ao combinado com ele. “Houve a promessa de uma matéria grande, de três horas de reportagem, mas acho que depois a matéria caiu [jargão do jornalismo] e eles estão colocando uma pequena parte que fica mal situada”.
Bernardinho, no entanto, reconheceu que o time fez uma péssima partida e que os atletas não estavam motivados, já que vencer a Bulgária levaria o Brasil a uma chave mais difícil na terceira fase e obrigaria a seleção a fazer uma viagem a mais na Itália. Os atletas estariam insatisfeitos com os constantes problemas encontrados na Itália, sobretudo o fato de o regulamento privilegiar a seleção anfitriã.
“Havia um crescente sentimento de revolta pelo que acontecia contra o Brasil. E como extrair 100% de um jogador quando ele vem com um sentimento de indignação tão grande?”, afirmou o técnico, repetindo que, antes do jogo, um dos atletas búlgaros avisou ao capitão Giba que sua equipe entregaria a partida. “Quando ele veio comunicar isso, aumentou a nossa revolta”.
Apesar da falta de vontade dos atletas em quadra, Bernardinho fez questão de assumir a responsabilidade pela derrota. “Eu assumo a responsabilidade por ter poupado jogadores e ter colocado um time descaracterizado”, comentou, lembrando que escalou o oposto reserva Théo no lugar do levantador Bruninho, que estava gripado. “Eu não soube administrar aquela situação e fazer com que os jogadores se focassem. Isso se refletiu num time apático, errático, que não é a nossa característica”.
Lembrando palavras de Giba após o jogo contra a Bulgária, Bernardinho reiterou que a derrota foi uma mancha na carreira de todos. “É uma mancha porque um time campeão como o Brasil ser vaiado é um grande constrangimento. As minhas desculpas são em relação às pessoas que foram ao ginásio ver um Brasil vencedor e viram um time jogando mal, descaracterizado”.
Fonte: Uol
