Apaixonado por futebol, o cronista esportivo Deusdeth Nunes, o Garrincha, está lançando o mais recente livro: “Peladas e Peladeiros”.
Seguindo a tradição dos livros de sua autoria, “Peladas e Peladeiros” fala sobre futebol. A diferença é que os personagens dessa partida, são jogadores de finais de semana, que não se utilizam do futebol de forma profissional.
O livro é também uma homenagem ao jogador que Deusdeth considera o maior peladeiro do Brasil : Garrincha. “O Pelé jogava e o dinheiro que ganhava com isso era investido, e hoje se tornou um homem rico. O Garrincha não. Ele levava o futebol somente por amor e paixão, dividindo isso com a Elza Soares. Foi o maior peladeiro que o pais já teve”, confessa.
O livro é dividido como uma partida de futebol. Tem a concentração, o primeiro tempo, segundo tempo, intervalo e prorrogação. A linguagem é toda esportiva, e lembra a narração de uma partida de futebol.
Dentre os personagens citados, estão jornalistas, políticos ex- secretários e pessoas conhecidas pelos piauienses, como o senador eleito Wellington Dias, o governador Wilson Martins, o ex-prefeito de Teresina, Silvio Mendes, vereador Renato Berger, Olésio Coutinho, e Pedro Alcântara. Além do ex-prefeito de Teresina, Wall Ferraz, que não jogava bola mas deu o chute inicial em uma partida de futebol.
Peladeiros do presente
Deusdeth Nunes lamenta que atualmente os jovens prefiram lotar o bar ao campinho de futebol. “As drogas estão tirando os meninos das peladas. Eles nem sabem o quanto uma pelada é mais sadia. Evita confusão e cria uma amizade universal. Todos os amigos peladeiros são considerados”, afirma.
Enquanto secretário municipal de esporte e lazer, Deusdeth Nunes desenvolveu um projeto que criou mais de cem campos de futebol pela cidade de Teresina. Nesse projeto, os ex-atletas recebiam uma ajuda de custo para incentivar crianças a praticar esporte nos bairros. As crianças beneficiadas tinham direito a lanche antes das partidas e assistência medica municipal.
“Lamento que esse projeto não teve continuidade. Ninguém deu bola. E quando não há bola nem relacionamento de namoro entre duas pessoas dá certo, imagina entre um time de futebol”, declara.
O “Garrinhca do Piauí” considera que a atualmente, as peladas de finais de semana só são praticadas por uma classe que pode pagar. “O bom de bola é lotado. Mas percebe-se que pela quantidade de carro, o publico que freqüenta é rico. Infelizmente não há uma política de apoio e incentivo ao esporte. O que leva nossos jovens a escolherem apenas o caminho das drogas”, alega.
O apito inicial (lançamento) do “Peladas e Peladeiros” será na sexta-feira (12), às 19h, no Jóquei Clube do Piauí.
Flalrreta Alves (especial para o Cidade Verde.com)
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