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Inaugurado em Teresina memorial em homenagem a vitimas da ditadura

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O ministro chefe da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Paulo de Tarso Vannuchi, desembarcou em Teresina na tarde desta quinta-feira e à noite abriu, no Museu do Piauí, a exposição A Ditadura do Brasil, 1964 a 1985. O evento exibiu fotos que lembraram figuras que marcaram os chamados Anos de Chumbo. Na ocasião foi inaugurado um memorial que homenageou vários nomes, dentre eles, três piauienses mortos e desaparecidos durante a Ditadura Militar.

Foto: Francisco Gilásio


Ainda no Museu do Piauí, além do ministro, participaram da cerimônia o coordenador Estadual dos Direitos Humanos, Alcir Marcus, a presidente da Fundac, Sônia Terra, O coordenador de Comunicação Social, Fenelon Rocha, a vereadora Rosário Biserra e outras autoridades. Para Alcir Marcus, a ocasião é a marca maior de que o direito à memória e à verdade se consolidam no Piauí. “O memorial aqui inaugurado é uma forma de devolver aos piauienses os “corpos” daqueles que desapareceram durante a Ditadura Militar”, afirmou.


Já a presidente da Fundação Cultural observa o momento como uma importante retomada histórica. “Retomar essa história através da exposição é uma forma mais dinâmica de contar os relatos e fazer com que os nossos jovens tenham conhecimento da importância da construção da democracia”, explicou Sônia Terra.


Mais tarde no Theatro 4 de Setembro, o ministro Paulo Vannuchi e o governador Wilson Martins abriram a 5ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, a exibição simboliza a maior mostra de cinema em distribuição territorial no Brasil, o trabalho está sendo mostrado em 20 capitais, entre elas Teresina, na ocasião foram mostrados dois documentários, um com a questão dos palestinos que vivem no Brasil, e outro falando da morte de Manuel Fiel Filho, um dos presos políticos da ditadura que foi torturado e esquartejado.


Para o ministro a lembrança histórica da ditadura, serve para mostrar aos jovens, as marcas profundas deixadas pelo período. ”É preciso lavar bem as feridas para que elas realmente cicatrizem”, ressaltou.


O governador Wilson Martins declarou que a lembrança da Ditadura Militar, através de memoriais e documentários, é um resgate que marca a consolidação da liberdade no Brasil. “Que a sociedade possa olhar para o passado com uma visão de conscientização do que já avançamos, e que possamos assim traçar metas ainda maiores para o futuro”, finalizou o governador.


O ministro também falou sobre a reparação que o governo federal está fazendo às vítimas da Ditadura Militar. “É mais do que justo que as pessoas que perderam seus lares, empregos ou mandatos sejam ressarcidas, já iniciamos a pagar as indenizações, é uma determinação da ONU, dos 50 mil casos existentes já examinamos 30 mil”, ponderou.

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