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Unificação reforçou disparidades entre os campeões nacionais

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oficialização da unificação dos títulos  da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa – Taça de Prata com as conquistas do Campeonato Brasileiro reforçou uma série de disparidades entre os campeões nacionais. A maior delas envolve dois rivais paulistas: o Santos ganhou seis brasileiros entrando 4,5 vezes menos em campo que o hexacampeão São Paulo.

Santos (campeão em 1963)

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Resumo da participação: como representante de São Paulo e ostentando o status de grande do futebol brasileiro, o Santos só entrou no torneio a partir da semifinal

Final: O Santos foi campeão contra o Bahia fazendo oito gols em dois jogos.

Bahia 0 x 2 Santos (28/01/1964)
Gols: Pelé aos 28 minutos do primeiro tempo e aos 40 minutos do segundo.

Santos (campeão em 1965)

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Resumo da participação: a CBD (antiga CBF) aceitou a presença de dois representantes paulistas, sendo que o Santos entrou nas semifinais e o Palmeiras nas quartas.

Final: O Santos bateu o Vasco por duas vezes e se sagrou campeão invicto.

Vasco 0 x 1 Santos (08/12/1965)
Gol: Pelé, aos 21 minutos do 2º tempo.

São Paulo (tri em 06, 07 e 08)

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Sob o comando do técnico Muricy Ramalho, o São Paulo atingiu a hegemonia do futebol nacional ao conquistar três brasileiros seguidos.

Em 2006 e 2007, o time tricolor paulista conseguiu vencer com folgas e com uma certa disância para seus rivais (Inter e Santos, na sequência). Em 2008, a situação foi diferente, pois o título só foi conquistado após uma arrancada no fim, quando o clube estava até desacreditado.

Nos seis títulos nacionais entre 1961 e 1968 (o time também é campeão em 2002 e 2004), o time de Pelé & Cia. precisou jogar apenas 43 partidas. O São Paulo, para conquistar os mesmos seis títulos, precisou atuar por 192 partidas, entre 1977 e 2008.

A disparidade é explicada pelo formato de disputa das duas competições: a Taça Brasil reunia os vencedores dos campeonatos estaduais e premiava os clubes que a CBD (antigo nome da CBF) considerava grandes com a vaga direta para a semifinal. Por isso, o Santos chegou a ser campeão em quatro partidas  - e ainda por cima duas vezes: 1963 e 1965.

O regulamento da Taça Brasil dividia as equipes em duas zonas (Norte e Sul) que se subdivididiam em dois grupos. O vencedor do duelo entre o Sudeste e o Sul encarava o ganhador do confronto entre o Norte e Nordeste. Os 'sobreviventes' desses confrontos enfrentariam na semifinal os dois clubes convidados pela CBD a pular direto para essa fase (geralmente um carioca e um paulista).

A competição teve algumas variações no regulamento durante seus dez anos de existência. Chegou até a aceitar a participação de mais de um time do mesmo estado. Com isso, foi criada uma fase quartas de final com convidados que começavam direto desta fase.

No período em que o São Paulo conquistou o hexacampeonato, o Brasileirão também teve os mais variados formatos (incluindo um sem número de participantes diferentes). Mesmo assim, o número mínimo de partidas que o São Paulo teve de jogar para ser campeão foi 21 - o máximo, 38. Com o Santos, o maior número de jogos para ganhar um título nacional veio na década de 60, com 19 partidas no Robertão de 1968.


Fonte: Uol

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