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Ouro é o investimento mais rentável de 2010, com alta de 32%

A crise internacional e a consequente procura dos investidores por ativos mais seguros fez com que as aplicações em ouro superassem todas as outras em 2010. O metal acumulou rentabilidade de 32,26% no ano, contra um desempenho quase nulo do Índice Bovespa, que ficou em 1,04% - abaixo até da caderneta de poupança, que terminou o ano com rentabilidade de 6,81%.



"Havia uma expectativa de que esse seria um ano de rearranjo na economia mundial, mas os países não saíram da crise", explica o consultor financeiro Fábio Gallo. "Com os mercados instáveis, há uma corrida de investidores para ativos reais, que se comportam como o ouro."

Em dezembro, o metal encerrou o mês com baixa de 3,53% - foi a primeira desvalorização desde fevereiro. "O ouro atua como um porto seguro em época de crise", diz o consultor financeiro Mauro Calil. "Para o ano que vem, acho pouco provável que ele suba mais."

Mas há ainda quem aposte no metal, caso as economias americana e europeia não deem sinal de recuperação. "Embora, com pouca liquidez, pode ser uma boa alternativa para diversificação da carteira", diz o administrador de investimentos Fábio Colombo.

Não há estatísticas oficiais sobre o mercado de ouro no Brasil, mas corretoras estimam que só durante este ano essa modalidade de investimento movimentou algo em torno de R$ 3 bilhões. Na BM&FBovespa, o contrato mínimo a ser negociado é de 250 gramas, no valor de R$ 20 mil, em dezembro.

Depois do ouro, o segundo melhor investimento em 2010 foram os fundos da Vale com recursos do FGTS: a rentabilidade foi de 15,37%. "A mineradora começou o ano com uma performance mediana, mas as boas notícias vindas da China no primeiro quadrimestre reverteram a tendência de baixa, com o aumento na demanda por minério de ferro no mundo inteiro", explica Calil.

Já os fundos da Petrobrás ocuparam o último lugar no ranking dos investimentos, com desvalorização de 29,88% - uma consequência do desenrolar da megacapitalização realizada pela estatal em setembro. A demora do governo em esclarecer as regras do pré-sal gerou insegurança entre os investidores.

Fonte: Estadão

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