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Casa da Cultura recebe exposição de gravuras de artistas de Uberlândia

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O que seria da arte sem a constante troca de conhecimento para ampliar o mundo do artista e, assim, ajudá-lo a encontrar seu caminho? A maturação do estilo de cada um só é possível sabendo o que se anda fazendo fora do perímetro cotidiano, ver o trabalho de outros artistas e compreender a arte. É esse o intercâmbio almejado com a exposição “Uberlândia.com.Pi – Ode à gravura”, a ser realizada na Casa da Cultura de Teresina entre os dias 2 e 28 de fevereiro deste ano.


A Casa receberá gravuras de artistas mineiros da cidade de Uberlândia, onde pode-se perceber uma efervescência cultural interessante para ser compartilhada com os piauienses. Além disso, espera-se dar um novo gás às artes plásticas daqui ao expor trabalhos de nomes como Elaine Corsi, Aender Ferreira, Mara França, Sílvia Cruz e Mariza Barbosa, os quais têm se destacado na terra do barroco, movimento artístico mais característico de Minas Gerais. A curadora da exposição é Alessandra Cunha.


A ideia do intercâmbio surgiu da participação de Yolanda Carvalho, diretora da Casa da Cultura, no festival intitulado “Xilogravura modificando nosso olhar da cidade”, tendo sido ela a única representante do Estado do Piauí. Durante o mês no qual passou em Uberlândia, Yolanda pôde conferir de perto como anda a produção e fruição da gravura contemporânea em todo o território nacional. “Com os contatos que fiz, convidei os artistas para expor em Teresina como uma forma de intercâmbio para as pessoas verem o que está sendo produzido lá fora”, explica.


Artista plástica reconhecida por seu trabalho com xilogravura, técnica que possui a madeira como matriz, Yolanda ressalta o prevalecimento do fazer manual diante dos avanços da tecnologia. Ao que parece, a arte com gravuras ainda mantém suas raízes de concepção e feitura, o gesto, o envolvimento do corpo, a entrega da alma e da mente do artista no momento de gravar. Por isso, os artistas dessa vertente são também chamados de gravadores, e o ato de gravar, como chamam, permanece com sua essência, seja na gravura em metal, no encavo, na xilografia, no relevo, na litografia e na serigrafia.


E se a essência do artista fica impregnada em suas obras, a exposição “Uberlândia.com.Pi – Ode à gravura” promete trazer o melhor da essência mineira em relação ao ato de gravar impressões subjetivas à contemplação de olhos sensibilizados. Além dos artistas uberlandenses, serão convidados alguns gravadores de nossa terra para expor seus trabalhos juntos aos nomes de fora. Uma boa troca de conhecimentos gera frutos que ecoam por anos a fio e ainda têm o potencial de desenvolver o construir artístico de ambos os lados do intercâmbio. Ganha também, ou talvez, quem está no meio apenas observando e contemplando como a mais expressão da subjetividade.


Da Redação
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