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Preso pela Operação Geleira, Chico Filho passa noite na Major César

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Os presos pela Polícia Federal do Piauí na Operação Geleira, deflagrada em inquérito que apura desvio de recursos de medicamentos e merenda escolar, fizeram exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal na tarde desta quarta-feira (19). Em seguida, foram transferidos para diferentes unidades prisionais. Quatro dos acusados foram levados para a penitenciária Major César Oliveira, entre eles Francisco Donato de Araújo Linhares Filho, o Chico Filho, ex-prefeito de Uruçuí e atual presidente do do Emater - Instituto de Assistência e Extensão Rural.

Thiago Amaral/Cidadeverde.com
Chico Filho, ex-prefeito de Uruçuí e presidente do Emater, foi trazido de avião para Teresina e depois levado para a sede da PF

Além de Chico Filho, foram para a Major César: Antônio Elaneide Gomes, Valdir Soares da Costa (prefeito de Uruçuí), e João Dias Ribeiro. Almério Torres passará a noite na penitenciária Irmão Guido. As mulheres dormirão no presídio feminino. 

O governo do Estado ainda não se posicionou sobre a permanência de Chico Filho no Emater. O governador Wilson Martins cumpre agenda em Brasília/DF.

Os advogados dos políticos anunciaram que irão pedir habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Lúcio Tadeu Ribeiro, contratado por Teresinha de Jesus Miranda Dantas Araújo, prefeita de Eliseu Martins, e Joedison Alves Rodrigues (PTB), de Landri Sales, confirmou que buscará em Brasília/DF a revogação da prisão. 

Nazareno Thé defende Isael Macedo Neto, prefeito de Caracol, alegando que as acusações são injustas e seu cliente teve despesas aprovadas pela câmara do município e Tribunal de Contas do Estado. Além do habeas corpus, ele pediu que o gestor fique em outro local, por também ser advogado e sofrer problemas cardíacos. 

A Justiça expediu 30 mandados de prisão, sete deles contra prefeitos, e 84 de busca e apreensão, cumpridos desde as primeiras horas do dia em 12 municípios. O rombo com o desvio de recursos somaria R$ 20 milhões, um quarto disso apenas em três municípios: Landri Sales, Uruçuí e Eliseu Martins. 

A investigação, promovida em conjunto pela PF, Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União, apurou que o dinheiro era usado para principalmente para pagamentos de dívidas de agiotas e corrupção de servidores. A suposta rede criminosa criaria empresas “fantasmas” para o derrame de notas fiscais frias. 

Yala Sena (flash da PF)
Fábio Lima (Da Redação)
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