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Incêndio destroi alegorias da Grande Rio e parte do barracão desaba

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Parte do barracão da escola de samba Grande Rio desabou por volta das 8h40 desta segunda-feira durante o incêndio que atinge a Cidade do Samba, no bairro da Gamboa, zona portuária do Rio. Ao menos, dez pessoas estavam no barracão da escola no horário em que começou o fogo, mas conseguiram sair.

O incêndio teve início por volta das 7h e atingiu os barracões da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba), da Grande Rio, da Portela e da União da Ilha. Ao todo, há 14 barracões na Cidade do Samba. Os bombeiros suspeitam que o fogo tenha começado no setor da Liesa ou da União da Ilha.

Felipe Dana/AP

"Quando olhei para o lado só vi material de plástico derretendo. Minha sala estava super aquecida. Só deu tempo de correr e fugir", afirmou o chefe de ateliê da escola Grande Rio, Robson Pantojeno, 25. Ele ainda destacou que o sistema de incêndio não funcionou no interior do barracão.

"É um momento de tristeza. Estamos a um mês do desfile. Em 55 anos de carreira é a primeira vez que acontece isso. É muito complicada a situação. Agora é aguardar e ver se a ficha cai", afirmou o diretor de barracão da Grande Rio, Paulo Machado, 69


Salto
O aderecista Saimon Garcia, 26, contou que saltou do quarto andar da Cidade do Samba, na zona portuária do Rio, na manhã desta segunda-feira, para escapar das chamas que atingem o local desde cerca de 7h.


Garcia contou que tinha trabalhado até cerca de 3h30 da manhã no barracão da Grande Rio, para adiantar as fantasias para o desfile. Cansado, acabou dormindo no local.


"Acordei por volta das 7h e já estava tudo pegando fogo. Olhei para a televisão, vi as imagens da cidade do samba e ouvi o repórter dizer que a Grande Rio era uma das atingidas. Comecei a gritar, fiquei no maior desespero, mas não consegui descer pelas escadas. Então me joguei do quarto andar e caí, não sei como, num carro alegórico", contou ele, chorando muito.


Antes de saltar, o aderecista teve ainda que arrombar a porta do espaço onde dormia, porque a chave quebrou.


Segundo outros integrantes da escola, o carro sobre o qual o aderecista caiu, posicionado no vão
interno do barracão, era um boi feito de espuma, o que amorteceu a queda. Mesmo assim, ele tinha muitos arranhões nas costas e braços.

Fonte: Folha Online

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