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Reclamações crescem nos grandes jogos em Teresina

Sempre que há um grande jogo em Teresina, uma reclamação é feita com insistência por estudantes.O primeiro motivo de reclamação é relacionado com o não cumprimento da lei que concede o abatimento deb 50% em todas as dependências do estádio.



No jogo Comercial x Palmeiras funcionou assim: ingresso de cadeira - R50,00; ingresso de arquibancada especial - R$ 30,00; arquibancada popular - R$ 20,00 e geral R$ 10,00. A Federação decidiu que os estudantes pagariam R$ 10,00 nas arquibancadas e nas gerais, ficando sem o abatimento nas cadeiras.

 Para o cumprimento da lei, os preços para os estudantes seriam: R$ 25,00 nas cadeiras; R$ 15,00 nas arquibancadas especiais; R$ 10,00 nas arquibancadas populares e R$ 5,00 nas gerais.

Consideramos que não caberia abatimento nas gerais. O nome já está dizendo de maneira bem clara : ingresso de geral. É para todo mundo, mas se a lei determina, é cumprir.

Um outro aspecto que envolve a questão é a limitação do número de ingressos colocados à disposição dos estudantes. Em grandes jogos, esses ingressos esgotam rapidamente.

A Federação de Futebol do Piauí, a FUNDESPI  e a SEMEL devem fazer uma análise bem detalhada da situação, com as lideranças estudantis.

A propósito do assunto, recebemos um e-mail do estudante Pedro Henrique Hidd Pearce Brito, nos seguintes termos:

Olá Dídimo,

Escrevo este e-mail a você para solicitar-lhe algo muito sério a cerca dos problemas com os ingressos dos eventos futebolísticos em Teresina.Há alguns anos foi criado um tal "ingresso para estudante" com carga limitada. Até onde eu conheço sobre a "lei da meia entrada", as pessoas que possuem tal beneficio têm o direito de pagar a metade do valor cobrado em qualquer ingresso disponibilizado para o evento.

Enquanto houver ingressos, deve haver os ingressos para estudantes, chamados de meia entrada e que como mesmo diz o nome, custam a metade do preçp. No entanto, não é isso que ocorre por aqui. Tanto na Copa do Brasil quanto no Campeonato Piauiense esse "ingresso de estudante" é comercializado sem nenhuma responsabilidade.

Como o nosso campeonato não é muito prestigiado, um estudante consegue comprar tal "ingresso" facilmente, como feito sempre por mim, mas com um tremendo erro que é a falta de fiscalização sobre a veracidade do status de estudante do comprador. Qualquer um vai e compra se dizendo estudante.

Na Copa do Brasil acontece a mesma coisa, e assim as pessoas que deveriam ser beneficiadas não conseguem ter seus devidos ingressos em mãos.Gostaria que você utilizasse seus meios de comunicação com a sociedade para denunciar a "máfia" (assim eu entendo) que ocorre com tais ingressos.

Tentei comprar este "ingresso de estudante" hoje pela manhã em todos, eu disse todos, os estabelecimentos em que eles estavam à venda no centro da capital. Em nenhum ele estava mais disponível. Entretanto, cambistas os vendiam já por um preço maior (R$ 15,00) na porta dos estabelecimentos que comercializam os bilhetes para os jogos. Como isso é possível?!

A minha suspeita é que os estabelecimentos vendem, antes do consumidor procurá-los,  todos seus ingressos de estudantes já por um preço maior do que os estipulados pela Federação e Clubes aos cambistas, e esses os repassam por um valor ainda maior. Como não se confere carteirinha ou matrícula nenhuma de estudante, qualquer um compra tais "ingressos", inclusive os cambistas.

Ano passado, já revoltado com o fato de não conseguir o tal "ingresso para estudante", tive a oportunidade de conceder uma entrevista nos arredores do estádio Albertão para a TV Antares, que foi ao ar, justamente após passar pelo mesmo stress de não existir a meia entrada defendida por lei.

Como disse na entrevista, liguei para o Ministério Público denunciando o fato, assim como outras tantas pessoas, como foi me dito pela pessoa que me atendeu, e nada foi feito. No fim só quem perde é o consumidor que é enganado.

Mesmo assim, como cidadão e defensor dos meus direitos, ligarei novamente este ano para o Ministério Público com a esperança de que meditas sejam tomadas e a meia entrada defendida por lei possa existir aqui como em qualquer outro lugar do Brasil em que se vende ingressos para jogos de futebol.

O meu apelo é que você, na pessoa do jornalista, leve tal denúncia ao conhecimento de toda sociedade, solicite explicações dos Clubes e da Federação sobre a não existência da meia entrada e peça ao Ministério Público esclarecimentos sobre a legalidade do tal "ingresso de estudante" em detrimento da meia entrada legalizada e praticada em todo território nacional.

Desde já agradeço. Atenciosamente,

Pedro Henrique Tajra Hidd Pearce Brito.



Dídimo de Castro
[email protected]

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